Vacinas usadas na UE protegem contra variante britânica
Vacinas usadas na UE protegem contra variante britânica
“No que toca às duas vacinas que já foram autorizadas, pedimos às empresas para verificar o efeito das novas variantes no seu desempenho e […], de acordo com os estudos preliminares, estas vacinas continuarão a ser eficazes pelo menos relativamente à variante britânica”, declarou a responsável.
Falando numa audição por videoconferência na comissão parlamentar de Saúde Pública do Parlamento Europeu, em Bruxelas, Emer Cooke apontou que “a variante da África do Sul é mais complicada”, razão pela qual é necessário “trabalho adicional para determinar a eficácia destas vacinas” perante esta estirpe.
A diretora do regulador europeu admitiu ser “normal que surjam novas variantes do vírus, como acontece com qualquer outro”, razão pela qual a EMA solicitou às empresas farmacêuticas que estão a desenvolver vacinas para a covid-19 que verifiquem o impacto das novas variantes”.
“E se houver a necessidade de mudar as vacinas para acautelar as novas variantes, [questionámos] o que fazer em termos regulatórios”, acrescentou a responsável.
Emer Cooke insistiu que, “até ao momento, os estudos iniciais das empresas [BioNtech/Pfizer e Moderna] indicam que continuarão a ser ativas, pelo menos no que toca à variante britânica”.
“É uma questão que preocupa a todos, como é que as vacinas vão reagir contra as novas variantes”, admitiu a responsável.
De momento, estão aprovadas na União Europeia (UE) as vacinas da Pfizer-BioNtech, que está a ser utilizada desde final de dezembro passado, e da Moderna, em uso desde meados deste mês no espaço comunitário, ambas assentes na tecnologia do ARN mensageiro.
Até final da semana, a EMA deverá dar ‘luz verde’ à vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford, que está envolta em polémica devido aos problemas de fornecimento.
Instada na audição a comentar estes problemas na distribuição, após a AstraZeneca ter anunciado no final da semana que iria entregar menos doses à UE e mais tarde do que acordado, Emer Cooke apontou que esta questão “está fora do âmbito da EMA”.
“Partilhamos as frustrações [sobre os problemas na distribuição] e o que podemos fazer é ver como podemos facilitar instrumentos de produção, para que de alguma forma possamos evitar os esperados atrasos”, em termos científicos e regulatórios”, referiu a responsável.
Ainda assim, “há poucas coisas que possamos fazer”, reforçou, vincando que esta é uma responsabilidade das farmacêuticas.
Questionada na audição sobre a vacinação de crianças e mulheres grávidas, Emer Cooke disse “não haver, para já, dados para assumir que estas vacinas não vão resultar” nesta população.
Porém, como ainda não houve ensaios clínicos sobre a eficácia e segurança para crianças e mulheres grávidas, serão necessários “estudos adicionais das empresas para poder adotar uma conclusão”, adiantou.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 2.140.687 mortos, resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
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