Vacinas contra a covid-19 custaram mais de 50 milhões de euros aos contribuintes
Vacinas contra a covid-19 custaram mais de 50 milhões de euros aos contribuintes
A campanha de vacinação contra a covid-19 no Luxemburgo custou aos contribuintes pelo menos 51 milhões de euros, disse na sexta-feira a ministra da Saúde, Paulette Lenert.
O Grão-Ducado encomendou mais 630 mil doses das vacinas Pfizer-BioNtech, que serão entregues ao longo de 2023 e 2024, custando ao Estado mais 12,3 milhões de euros, disse Lenert, em resposta parlamentar ao deputado do CSV, Marc Spautz. Esta remessa ainda não foi entregue ou paga. Um outro acordo, no valor de 680 mil euros, para a entrega de 34 mil doses da vacina Novavax, também ainda não foi concretizado, acrescentou a ministra.
Até a passada quinta-feira, o Luxemburgo já tinha distribuído cerca de 1,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 desde que a campanha começou, nos finais de 2020, segundo dados do Ministério da Saúde. Quase metade deste número - 620.000 doses - foi doada a países terceiros, disse Lenert, uma vez que a oferta ultrapassou largamente a procura.
A pandemia está a chegar ao fim? O virologista Claude Muller disse à RTL que sim. "Penso que é importante que todos compreendam que estamos realmente no fim da pandemia e que a responsabilidade (de manter-se saudável) cabe ao povo e não ao Estado", afirmou.
A UE comprou vacinas em larga escala no verão de 2020 e assinou contratos de acompanhamento para garantir o fornecimento do imunizante durante anos. No entanto, com a oferta a satisfazer largamente a procura, Bruxelas está em negociações para adiar as entregas da Pfizer-BioNTech para 2023, para os anos de 2024 e 2025, disse Lenert esta sexta-feira.
O pais vai doar 100 mil doses ao Brasil no próximo mês, com o Bangladesh a recusar uma entrega gratuita no ano passado, disse a ministra.
Mais de 280 mil doses de vacinas expiradas, destinadas ao Luxemburgo, tiveram de ser destruídas, acrescentou.
(Artigo original publicado no Luxembourg Times e adaptado para o Contacto por Ana Patrícia Cardoso)
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