Vídeos do corpo de mulher desmembrado circulam nas redes sociais no Luxemburgo
Vídeos do corpo de mulher desmembrado circulam nas redes sociais no Luxemburgo
Apenas algumas horas após a descoberta do corpo desmembrado e sem cabeça de uma mulher em Mont-Saint-Martin, comuna francesa junto à fronteira com o Luxemburgo, as autoridades locais tiveram conhecimento de que circulavam vídeos do cenário macabro nas redes sociais.
Questionada pelo Contacto, a polícia luxemburguesa revelou que também "está ciente de que os vídeos circulam" no Grão-Ducado. "Recomendamos obviamente que não os divulguem", apela a autoridade.
Os vídeos terão circulado inicialmente num sistema de mensagens seguro antes de serem partilhados em plataformas como o WhatsApp e o Snapchat. Ao tomar conhecimento destas imagens, o município de Mont-Saint-Martin não hesitou em informar as autoridades competentes.
A polícia do Luxemburgo recorda que, de acordo com o Código Penal luxemburguês, quem gravar ou divulgar estes vídeos pode ser punido com pena de prisão até três anos e multa até 50 mil euros.
O corpo desmembrado de uma jovem foi descoberto por um adolescente de 16 anos atrás de um edifício abandonado, nas imediações da Câmara, em Mont-Saint-Martin, no departamento Meurthe-et-Moselle. O dono de um bar na cidade chamou a polícia depois de alertado pelo jovem.
Na passada terça-feira, o procurador de Nancy, François Pérain, anunciou a abertura de um processo penal para a divulgação de um crime contra a dignidade da vítima. O objetivo é tentar bloquear a difusão das imagens e identificar os autores.
A investigação do caso ainda está a decorrer. Na passada sexta-feira, Pérain deu uma conferência de imprensa e, além de divulgar mais informações sobre a vítima, também mostrou as tatuagens encontradas no cadáver que podem conduzir à identificação da mulher.
No entanto, as autoridades ainda não encontraram a cabeça da vítima, um "elemento essencial" para poder determinar a causa da morte e identificar a pessoa. A "investigação será demorada", garantiu Pérain.
O procurador disse que a mulher terá entre 20 e 35 anos e a ausência de sangue no local indica que foi provavelmente "desmembrada noutro lugar" e levada para Mont-Saint-Martin.
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