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Luxemburguesa Talkwalker está prestes a despedir trabalhadores
Sociedade 3 min. 05.02.2023
Despedimento

Luxemburguesa Talkwalker está prestes a despedir trabalhadores

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Luxemburguesa Talkwalker está prestes a despedir trabalhadores

Foto: Gerry Huberty
Sociedade 3 min. 05.02.2023
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Luxemburguesa Talkwalker está prestes a despedir trabalhadores

Yannick LAMBERT
Yannick LAMBERT
É a segunda vez em seis meses que a tecnológica vai dispensar trabalhadores.

A Talkwalker, empresa tecnológica criada no Luxemburgo, está prestes a despedir mais trabalhadores, apenas meses depois da última onda de despedimentos. 

Além disso, o conselho de administração da plataforma de análise dos meios de comunicação social está em fase de reorganização para fazer frente aos desafios da crise que se instalou no setor das tecnológicas.  

Esta é a segunda vez em seis meses que a empresa vai avançar com despedimentos, depois de centenas de pessoas terem saído em julho. Nas redes sociais, até agora, pelo menos sete empregados no Luxemburgo, Grã-Bretanha e EUA confirmaram que iriam deixar a empresa. 

Um aumento recorde 

A Talkwalker, aclamada como uma história de sucesso tecnológico luxemburguês, parece entrar agora na lista das grandes empresas de tecnologia que estão a fazer grandes cortes, seguindo o exemplo da Meta, Uber, Twitter, Amazon e Google, entre outros. 

Um empregado da empresa citado pelo Luxembourg Times (que preferiu o anonimato) estima que despedimento pode envolver cerca de 50 trabalhadores no Luxemburgo (que empregava cerca de 230 pessoas, no ano passado). Dois anos antes, eram apenas 100. Um norte-americano despedido em janeiro, que não quis ser identificado, afirmou que os cortes afetariam cerca de 150 lugares e que os Estados Unidos  EUA e o departamento de marketing vão ser os principais visados. Até julho de 2022, a Talkwalker empregava mais de 700 empregados em todo o mundo.

Pelo menos 672 pessoas tinham um perfil do LinkedIn que listava a Talkwalker como empregador, em abril do ano passado. Já em janeiro deste ano, constavam apenas 509. Num ano, a empresa perdeu cerca de 20% da força de trabalho. As vendas, o apoio e o desenvolvimento empresarial foram mais afetados. De acordo com o LinkedIn, a permanência média dos trabalhadores ronda os 1,8 anos. 

Tempos de mudança

Em 2009, dois empresários luxemburgueses, Christophe Folschette e Thibaut Britz, fundaram a Talkwalker, marca que rapidamente se tornou um caso de sucesso entre as startups do Grão-Ducado. De acordo com o site oficial, os clientes da empresa incluem Adidas, Unicef ou o Banco Europeu de Investimento. 

Em 2018, a empresa Marlin Equity Partners, sediada em Los Angeles, adquiriu uma participação de 66% por um montante não divulgado e, após o negócio, a empresa expandiu-se de forma rápida, com escritórios no Luxemburgo, Alemanha, Estados Unidos (Texas e Nova Iorque), França, Singapura, Reino Unido e Índia. 

Contudo, no ano passado, toda a direção da empresa apresentou a demissão, avançou um ex-funcionário citado pelo Luxembourg Times (LT). Também teve lugar uma reestruturação no conselho de administração: Walter Mair, Peter Spasov, Christopher Duncan Clasper - todos da Marlin Equity Partners - assim como Robert Glaesener e Roland Pezzutto, renunciaram aos seus mandatos em janeiro, de acordo com informações no registo de empresas do Luxemburgo. 

Glaesener disse ao LT que a informação no registo da empresa não estava correta e que os números da nova ronda de despedimentos estavam errados. 

A Talkwalker registou perdas de 2,7 milhões e 3,9 milhões de euros, em 2019 e 2020. Um aumento que se verifica também nos anos anteriores, como 2018, 2017 e 2016, quando a empresa registou défices de 2,1 milhões, 1,8 milhões e 600.000 euros, respectivamente. Em 2020, o último ano com números disponíveis, a dívida foi de de 15 milhões. 


(Artigo publicado no Luxembourg Times e adaptado pela jornalista Ana Patrícia Cardoso)

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