Surto de sarampo identificado no Luxemburgo
Surto de sarampo identificado no Luxemburgo
O Ministério da Saúde luxemburguês informou hoje que há cinco casos de sarampo identificados no Luxemburgo. Os casos estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
Apesar de a vacinação não ser obrigatória no país, as autoridades de saúde recomendam a vacinação das crianças até aos 2 anos com as duas doses da vacina única contra o sarampo, a papeira, a rubéola e a varicela (MMRV). A vacina pode ser tomada a partir dos 12 meses. Os adultos nascidos depois de 1980 que não tomaram esta vacina são também aconselhados a fazê-lo.
Surtos de sarampo: números recorde em 2018
Na nota enviada às redações o Ministério salienta a importância da vacinação para uma doença "altamente contagiosa", "sem cura" e que "pode levar a complicações sérias, sequelas ou mesmo a morte" . "Numa população não imune, uma só pessoa pode contagiar entre 15 a 20", pode ler-se.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018 houve mais de 82 mil casos de sarampo que resultaram em 36 mortes, o triplo em relação a 2017. Países como França, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia, Geórgia e Ucrânia registaram mais de mil infetados só no ano passado. Na maior parte dos casos, a OMS atribui estas fatalidades à não vacinação.
Em Itália, um surto de sarampo levou recentemente o Governo a introduzir um pacote de vacinação obrigatória das crianças até aos seis anos, incluindo sarampo, rubéola e papeira. França seguiu o mesmo caminho e tornou obrigatória a toma de oito vacinas, incluindo a do sarampo.
Esta semana o Contacto noticiou a existência de um movimento antivacinação no Luxemburgo que refere existirem cada vez mais pais interessados em não vacinar os filhos. Contactada pelo jornal, a diretora-adjunta da Direção-Geral de Saúde no Luxemburgo, Françoise Berthet, reforçou que a "proteção coletiva" é um fator primordial para a não propagação do vírus. "No caso do sarampo, se 95% da população é vacinada, a transmissão dos vírus é interrompida visto que as pessoas vacinadas constituem uma 'barreira' mesmo para quem não está vacinado"
Os primeiros sinais da doença são pingo no nariz, olhos vermelhos e lacrimejantes, e tosse acompanhados de febre. As manchas vermelhas e a comichão, sinais pelo que a doença é vulgarmente notada, surgem primeiramente na cara e atrás das orelhas e duram pelo menos cinco dias. O Ministério recomenda às pessoas que tenham sintomas de sarampo para contactarem o médico de família, que por sua vez, tem obrigatoriamente de reportar às autoridades os casos de diagnóstico positivo. Em caso de dúvidas, os utentes poderão ligar para a Divisão de Inspeção Sanitária da Direção de Saúde através do número (+352) 247-85650, ou consultar as recomendações do Conselho Superior das Doenças Infecciosas (CSMI) relativas à imunização contra o sarampo.
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