Sindicato dos polícias contra câmaras nas fardas dos agentes
Sindicato dos polícias contra câmaras nas fardas dos agentes
O projeto de lei sobre as câmaras portáteis nas fardas dos agentes da polícia grã-ducal, as chamadas ‘bodycams’ em inglês, continua a estar em discussão.
Depois da Comissão Consultiva dos Direitos Humanos ter assumido uma posição crítica em relação ao conceito, deste vez é o sindicato dos policias (SNPGL) a declarar-se preocupado. Numa entrevista à revista Telecran, o presidente do sindicato, Pascal Ricquier, diz que as câmaras poderão prejudicar o trabalho dos agentes de polícia.
Para o sindicato, o facto de o cidadão poder pedir para que o agente ligue a câmara, pode colocar em perigo o polícia.
De acordo com o texto do projeto de lei, o futuro dispositivo tem dois objetivos: lutar contra as agressões verbais e físicas contra os agentes e proteger os cidadãos em caso de má conduta policial.
O projeto de lei, entregue no Parlamento em agosto do ano passado, ressalva que entre 2018 e 2022 a Inspeção-Geral da Polícia abriu 102 inquéritos por alegadas agressões ou maus-tratos por parte de agentes. Dessa centena de processos, pelo menos 41 foram arquivados. Alguns dos casos ainda estão a ser analisados.
Inicialmente, 1.682 agentes poderão usar câmaras portáteis nos uniformes. Será um investimento de seis milhões de euros nos próximos cinco anos.
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