Sete portugueses foram morrer com ajuda à Suíça
Sete portugueses foram morrer com ajuda à Suíça
Na Suíça, tal como no Luxemburgo o suicídio assistido está legislado, ao contrário de Portugal.
Entre 2009 e 2019 houve sete portugueses, residentes em Portugal que viajaram propositadamente até à Suíça para colocar um ponto final na sua vida, na associação Dignitas.
Os dados são avançados pelo Jornal de Notícias que revela que o primeiro português que se suicidou com o apoio da Dignitas no país helvético foi em 2009.
Mas não são apenas pessoas de nacionalidade portuguesa a recorrer a esta associação, doentes terminais ou com patologias irreversíveis que estão a sofrer demasiado. Estas são as condições que a lei permite para a morte assistida.
Em 2019, esta associação, sem fins lucrativos, auxiliou 256 doentes de várias nacionalidades a pôr termo à vida. E atualmente, há 20 inscritos na Dignitas que tem por objetivo “ajudar pessoas a morrer com dignidade”, declarou esta entidade ao Jornal de Notícias.
Os custos da morte assistida
Na Suíça, a lei apenas permite o suicídio assistido, ou seja, é o próprio doente quem põe termo à vida, ajudado por um profissional, e não o próprio profissional. Neste caso já se trata de eutanásia, o que é proibido no país helvético.
Na Europa, apenas o Luxemburgo, desde 2009, Bélgica e Holanda permitem a eutanásia e suicídio assistido. Fora da Europa, o Canadá legislou a despenalização da eutanásia e a morte assistida, alguns estados dos EUA permitem o suicídio assistido, já a eutanásia é crime e o Uruguai e Colômbia despenalizaram o “homicídio piedoso”.
A Holanda deseja até ir mais além e neste momento discute a possibilidade de vender nas farmácias um comprimido letal gratuito para os idosos com mais de 70 anos que queiram morrer.
Portugal em debate
A aprovação da morte medicamente assistida vai de novo a debate no parlamento português no próximo dia 20. Entretanto já corre uma petição pública pela despenalização da morte assistida, lançada pelo Movimento Cívico Direito a Morrer com Dignidade. E o ex-presidente da República Cavaco Silva que é contra a despenalização da morte medicamente assistida apelou à realização de um referendo sobre a Eutanásia.
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