Salmonela. Fábrica da Ferrero em Arlon reabre no final de junho
Salmonela. Fábrica da Ferrero em Arlon reabre no final de junho
Depois da agitação dos últimos meses, a Ferrero prepara-se agora para fazer tábua rasa do passado. Após a deteção de surtos de salmonela em vários países europeus, a gigante do chocolate Ferrero recolheu um grande número de produtos Kinder provenientes da fábrica Ferrero Ardennes, em Arlon, Bélgica, devido a suspeitas da presença de salmonela naquelas instalações.
Estas suspeitas foram posteriormente confirmadas após algumas análises. O grupo italiano explicou, depois, que a causa do surto de salmonela era um filtro em dois tanques de matérias-primas. Apesar de ter emitido um pedido de desculpas público, o mal estava feito. Dois casos de salmonelose no Grão-Ducado foram imputados à fábrica de Arlon.
A 8 de abril, a Agência Federal para a Segurança da Cadeia Alimentar (AFSCA) revogou a licença de produção do local, que emprega uma maioria de trabalhadores transfronteiriços franceses. Desde aí a fábrica da Ferrero tem estado encerrada. No entanto, parece chegad momento de reabrir, como relatado pelo Le Républicain Lorrain, que diz a retoma da produção é esperada para o final de junho.
Limpeza de fundo decorre até 13 de junho
De acordo com o jornal regional, uma boa parte dos 600 funcionários da fábrica foram chamados empregados para efetuarem uma enorme limpeza de primavera. Recorde-se que o grupo Ferrero tinha anunciado que a contaminação tinha sido descoberta no local a 15 de dezembro, ou seja, meses antes de o escândalo ter rebentado.
Em qualquer caso, a atividade está a voltar lentamente às instalações com empregados e trabalhadores sazonais a apoiar as empresas de limpeza especializadas. "Cada peça é desmontada, limpa, desinfetada e remontada. Para os empregados, isto é extremamente enfadonho. Estão cansados porque se vêm confrontados com tarefas totalmente invulgares, complicadas e pesadas. A prioridade dos sindicatos é garantir a sua segurança e saúde", explicou Sylviane Arnould, secretária regional do sindicato CSC, ao Le Républicain Lorrain.
Autoridades têm de aprovar reabertura
A responsável explicou que esta limpeza a fundo deverá estar concluída até 13 de junho, e que o pré-arranque da atividade terá lugar uma semana mais tarde, prevendo-se que a produção seja retomada nos moldes habituais no final de junho. No entanto, a AFSCA terá de dar a sua luz verde à retoma da fábrica.
Se a gigante italiana pretende virar a página ao reiniciar a produção, o sistema de justiça não deixará a Ferrero prosseguir sem sofrer consequências. A investigação lançada pelo Ministério Público da província belga do Luxemburgo na sequência do escândalo sanitário ainda está em curso.
(Este artigo foi publicado originalmente na edição francesa do Luxemburger Wort.)
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