Reconhecimento facial sem permissão? Facebook multado em 550 milhões de euros
Reconhecimento facial sem permissão? Facebook multado em 550 milhões de euros
O uso de dados biométricos de reconhecimento facial sem permissão valeu uma multa de 550 milhões de euros à empresa que gere a rede social mais popular do mundo.
O valor ficou definido num acordo extrajudicial com o grupo de queixosos do Illionois que há quase cinco anos acusou o Facebook de ter violado a lei ao usar fotografias dos internautas para treinar os sistemas de inteligência artificial a reconhecer pessoas específicas em novas imagens e sugerir ao utilizador o nome dos indivíduos identificados.
Partindo do pressuposto que a empresa não poderia compilar, sem a devida autorização, dados que até aqui pareciam invioláveis como a voz, as impressões digitais ou a expressão facial dos muitos milhares de utilizadores, a ação judicial obrigou a empresa de Mark Zuckerberg a mudar, por exemplo, o sistema de "etiquetagem automática" ainda em 2015.
O Facebook anunciou na quarta-feira que fechou o ano de 2019 com lucros de 18.485 milhões de dólares (cerca de 16.795 milhões de euros), uma descida de 16% face a 2019.
Em termos de receitas, a empresa que gere a rede social mais usada do mundo atingiu os 69.655 milhões de dólares (cerca de 63.278 milhões de euros) em 2019, um aumento de 27% face aos 55.013 milhões de dólares (cerca de 49.976 milhões de euros) faturados no final de 2018.
Desta forma, os resultados finais em termos de lucro foram impactados pelas multas a que a empresa liderada por Mark Zuckerberg teve de enfrentar ao longo do ano, bem como pelo aumento das provisões fiscais.
Em termos do último trimestre de 2019, o Facebook (que para além da rede social homónima é dono do Instagram e do WhatsApp) subiu os lucros em 7% para os 7.349 milhões de dólares (cerca de 6.675 milhões de euros), depois de 6.882 milhões de dólares (cerca de 6.251 milhões de euros) nos últimos três meses de 2018.
Em termos de utilizadores diários ativos, o aumento registado em 2019 foi de 9%, atingindo os 1.660 milhões, ao passo que os utilizadores mensais cresceram até aos 2.500 milhões.
com Lusa
