Quase 100 pessoas já receberam terceira dose da vacina covid-19 no Luxemburgo
Quase 100 pessoas já receberam terceira dose da vacina covid-19 no Luxemburgo
De um para quase 100. Depos de no início de julho um residente ter sido inoculado com uma terceira dose da vacina contra a covid-19, - frisando a ministra da Saúde na altura que esta era uma caso "muito particular e excecional", um mês depois já foram quase 100 pessoas vacinadas com uma dose suplementar.
Apesar disto, Paulette Lenert reiterou esta quarta-feira que administrar uma terceira dose na população em geral não é atualmente uma prioridade para o Luxemburgo. Lenert disse que o Grão-Ducado está, no entanto, atento aos países que já decidiram administrar uma terceira dose, esperando uma orientação mais concreta a nível europeu.
A Organização Mundial de Saúde já veio pedir esta semana que os países ricos adiem esta possibilidade até final de setembro para dar oportunidade aos países mais pobres que só conseguiram imunizar uma fração minúscula da população.
Com as novas variantes do SARS-CoV-2, mais contagiosas, as autoridades de saúde temem que as atuais vacinas não sejam eficazes contra as mesmas, sendo que alguns países pretendem alargar a toma de uma dose suplementar, como os casos da Alemanha e Bélgica.
Dúvidas sobre dose suplementar ainda persistem
A ciência procura ainda resposta a inúmeras dúvidas sobre a vacinação, nomeadamente a duração da imunidade, ou o cruzamento de vacinas nas terceiras doses. Segundo Lenert, há ainda também muita incerteza quanto aos grupos que realmente precisam de uma dose de reforço contra o SARS-CoV-2.
Em junho passado, na iminência de uma terceira dose, a ministra garantiu que o Grão-Ducado tinha margem para garantir doses da vacina contra a covid-19 para os próximos meses e até um ano.
A responsável pela pasta da Saúde disse ainda que caso só as pessoas de idade ou vulneráveis necessitem de uma terceira vacina, o processo passará pelos médicos de família. E caso seja necessário vacinar toda a população, a responsabilidade caberá aos centros de vacinação.
Ainda esta semana, o especialista em doenças infecciosas, Gérard Schockmel, afirmou que atualmente não vê razões para administrar uma terceira dose da vacina covid-19 no Grão-Ducado de forma generalizada.
Segundo o médico, quem recebe duas doses de um dos fármacos contra a covid-19 está protegido contra as formas graves da doença, o que na sua opinião é o mais importante para evitar a saturação dos hospitais.
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