Proibição do glifosato vale elogios do Libération ao Grão-Ducado
Proibição do glifosato vale elogios do Libération ao Grão-Ducado
Em grande destaque, o Luxemburgo surge como um exemplo a seguir no que respeita à eliminação dos produtos altamente tóxicos nas diversas culturas alimentares. A propósito da persistência do glifosato na agricultura europeia, o Libération publica uma reportagem esta quinta-feira sobre o papel do Grão-Ducado na batalha, já que o país foi o primeiro a abolir este tipo de herbicida nas plantações. O jornal francês realça que este "país muito pequeno" foi efetivamente o "único da União Europeia a ousar libertar-se definitivamente do glifosato.
De facto, até 31 de dezembro de 2020, os produtos fitofarmacêuticos à base de glifosato serão banidos do solo do Grão-Ducado, em conformidade com o decreto do governo de 2018. Este é "um passo decisivo numa abordagem sustentável que vai ao encontro das ambições de uma utilização moderna e ecológica dos produtos fitofarmacêuticos", explicou na altura o ministro da Agricultura, Romain Schneider.
Segundo dados do Governo, quase 60% das explorações agrícolas já desistiram do glifosato. Já tem praticamente um ano o sistema sistema de compensação para as mil explorações agrícolas ativas no país. Os prémios de base são de 30 euros/hectare para terrenos agrícolas e 50 euros/hectare para terrenos vitícolas.
Rota europeia
A licença de utilização do glifosato na União Europeia vigora até 15 de dezembro de 2022 e o seu destino está em debate em muitos países. Além do Luxemburgo nenhum dos estados membros da UE tem ainda um caminho definido para a eliminação do herbicida.
Na Áustria, por exemplo, o herbicida deveria ter sido proibido no início de 2020, mas o governo recuou em dezembro de 2019, alegando um erro processual. França também está a tentar eliminar o glifosato da agricultura até o primeiro dia de 2021, embora aponte para uma erradicação total lá para 1 de janeiro de 2023.
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