OMS. "Não há provas" de que depois da cura não se possa voltar a ficar infetado
OMS. "Não há provas" de que depois da cura não se possa voltar a ficar infetado
A OMS alertou para o risco de criar qualquer tipo de "passaporte de imunidade", o que permitiria às pessoas recuperadas regressar ao trabalho e a outras atividades na sociedade. De acordo com o comunicado, esta medida pode facilitar a propagação do vírus, uma vez que existe a possibilidade de estas pessoas ignorarem as medidas de precaução para evitar a infeção.
"Alguns governos sugeriram que a deteção de anticorpos contra a SRA-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, poderia servir de base para um "passaporte de imunidade" ou "certificado de ausência de riscos", que permitiria aos indivíduos viajar ou regressar ao trabalho, assumindo que estão protegidos contra a reinfeção", afirmou a OMS.
"Não há atualmente provas de que aqueles que recuperaram da covid-19 e têm anticorpos estejam protegidos de uma segunda infeção", acrescentou o documento.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou a 22 de abril que o coronavírus, que já infetou mais de 2,5 milhões de pessoas e causou quase 180 mil mortes em todo o mundo, "estará connosco durante muito tempo".
"Não há dúvida de que as ordens de permanência em casa e outras medidas de distanciamento físico têm suprimido com êxito a transmissão em muitos países. Mas este vírus continua a ser extremamente perigoso", alertou durante uma conferência de imprensa.
Nesse contexto, observou que, segundo dados preliminares, "a maioria da população mundial continua suscetível", indicando que a pandemia "pode facilmente voltar a crescer".
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