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OMS avisa que "a maioria da população ainda está susceptível ao vírus
Sociedade 3 min. 10.08.2020 Do nosso arquivo online

OMS avisa que "a maioria da população ainda está susceptível ao vírus

Texxas, EUA

OMS avisa que "a maioria da população ainda está susceptível ao vírus

Texxas, EUA
AFP
Sociedade 3 min. 10.08.2020 Do nosso arquivo online

OMS avisa que "a maioria da população ainda está susceptível ao vírus

Os especialistas lembram que "o vírus continua em circulação" e incentiva os governos a "suprimir" ao máximo a propagação.

No briefing desta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que "o vírus continua em circulação" e que a "maioria da população ainda está susceptível" à infeção. 

Segundo o líder da equipa de contenção e combate à covid-19, o "vírus não demonstra qualquer padrão sazonal" ao contrário das especulações que alimentam a ideia de que durante os meses mais quentes do ano o risco de transmissão é menor. "Se retirarmos pressão do combate, o vírus vai responder", resumiu o irlandês Michael J. Ryan.  

No mesmo sentido, o responsável máximo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, lembra que não é altura de baixar os braços, especialmente quando os 196 países afetados ligam com o aumento de novos casos da doença. 

Confrontado com o fim do financiamento norte-americano à organização das Nações Unidos, Tedros voltou a sublinhar a falta de verbas. 

"Só temos cerca de 10%" do financiamento necessário para o desenvolvimento de mecanismos de combate à primeira pandemia de coronavírus. Isto tendo em conta que "só para a vacina serão precisos mais de 100 mil milhões de dólares". Apesar disto, o responsável afirma que "nunca é demasiado tarde para derrotar a pandemia", referindo que os países devem "suprimir" ao máximo o vírus.

“Embora estejamos gratos àqueles [países] que contribuíram, só temos 10 por cento dos [mais de 100] mil milhões de dólares que serão necessários” apenas para desenvolver e garantir a distribuição equitativa pelo mundo de vacinas que venham a ser criadas, afirmou o diretor geral da OMS.

“Parece e é muito dinheiro” mas mesmo assim “é pouco em comparação com os 10 biliões de dólares que os países do G20 já investiram em estímulos fiscais para lidar com as consequências da pandemia”.

Tedros Ghebreysus defendeu que é preciso acelerar o financiamento do chamado Acelerador-ACT, uma iniciativa da OMS a que aderiram dezenas de países, incluindo Portugal, para agilizar e partilhar os resultados de investigação de vacinas e terapias para o novo coronavírus.

O diretor-geral da OMS afirmou que há “dezenas de terapias” em análise e que a primeira que provou ter resultados contra casos graves da doença – o anti-inflamatório dexametasona – está a ser produzido em maior escala.

Destacou que medidas “fortes e precisas” tomadas por vários países, do Ruanda à França, são o necessário para conseguir conter surtos da doença.

“Todos os testes e tratamentos para a covid-19 são gratuitos no Ruanda, por isso não há barreiras financeiras que impeçam as pessoas de serem testadas. E quando alguém está positivo, fica isolado e os profissionais de saúde vão a todos os potenciais contactos para os testar”, indicou.

“Em França, o Presidente [Emmanuel] Macron decretou o uso obrigatório de máscaras em espaços exteriores com muitas pessoas para responder a um aumento de casos”, acrescentou.

Numa altura de regresso às aulas ou preparação do próximo ano letivo em muitos países, é importante garantir que “alunos, pessoal e professores estão seguros”, o que só se consegue controlando a transmissão do novo coronavírus nas comunidades, apontou.

“Os países que tiveram sucesso estão a usar uma abordagem baseada no risco para abrir setores da sociedade, incluindo as escolas”, salientou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 731 mil mortos e infetou mais de 19,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

com Lusa

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