O mistério em volta do alegado marido de Diana
O mistério em volta do alegado marido de Diana
Quem é Gibran Banhakeia? E onde se encontra? É também ele suspeito do homicídio de Diana? Estas perguntas continuam sem resposta e ninguém parece saber do paradeiro deste homem. Sabe-se que é sobrinho de Said Banhakeia, o suspeito detido na semana passada, e o alegado marido da portuguesa de 40 anos encontrada desmembrada em Mont-Saint-Martin, no dia 19 de setembro.
Segundo os familiares e amigos de Diana, Gibran tem entre 35 e 40 anos e é de nacionalidade marroquina. O ex-namorado da vítima, João Oliveira, disse ao Contacto que soube através de Diana que este homem estaria à procura de um casamento por conveniência, oferecendo uma quantia de dinheiro à mulher que aceitasse a proposta.
"Quando estava na prisão, ela disse-me que ia casar. Contou-me que o Said tinha um sobrinho em Paris que vinha para o Luxemburgo e que precisava de documentos para residência. Fizeram-lhe uma proposta de 30 mil euros e ela aceitou", recorda o ex-companheiro, afirmando que sempre foi contra o casamento arranjado.
O Contacto sabe que Gibran estava a tirar um doutoramento na École Doctorale Humanités Nouvelles - Fernand Braudel da Universidade de Lorraine, em Metz - perto da fronteira com o Luxemburgo - desde o ano passado. Fonte da universidade confirmou que o marroquino se registou no ano letivo de 2021/2022, mas não renovou a sua inscrição para o corrente ano.
O marroquino terá chegado ao Grão-Ducado nos primeiros meses deste ano. Ficou a dormir em casa do tio Said, em Diekirch, enquanto preparavam o casamento com Diana. O matrimónio terá acontecido no dia 14 de julho, segundo os familiares da portuguesa e o ex-companheiro, que afirma ter estado com Diana nesse mesmo dia, depois da cerimónia.
O Contacto não obteve a confirmação, através das entidades competentes, de que este casamento aconteceu de facto. A família de Diana diz que soube que a cerimónia decorreu naquele dia, mas não esteve presente. No final de julho, Diana foi ao Porto passar uma semana de férias com Said e apresentou-o aos familiares como amigo. E anunciou que tinha casado dias antes com outro homem.
No dia do casamento, no resgisto civil de Diekirch, terão estado apenas presentes familiares de Gibran. No final de julho, já depois do alegado casamento, Gibran e Diana arrendaram uma casa em Diekirch. Queriam renovar a habitação para depois colocar os vários quartos a arrendar. Foram vistos por habitantes daquela zona durante o mês de agosto, mas estes não souberam dizer qual era a ocupação profissional que tinham na cidade.
Depois de o corpo ter sido identificado, a casa foi alvo de buscas e a porta, que tem o nome de ambos, foi selada pela polícia, que não confirmou se aquele poderia ser o local do crime. Desde então, nunca mais ninguém viu Gibran e ninguém sabe do seu paradeiro. O Contacto questionou as autoridades sobre o homem, mas estas não confirmaram se ele é também um suspeito do crime e se está a ser procurado.
Quem era Diana Santos?
Diana Santos era natural do Porto. Segundo o irmão, Vítor Santos, que falou ao Contacto, vivia no Luxemburgo há "cerca de quatro ou cinco anos".
Esta não era a primeira experiência da portuguesa no estrangeiro. O pai, que também já tinha falado ao Contacto, revela que a filha sempre trabalhou como empregada de mesa e de cozinha.
O Ministério Público luxemburguês confirmou na passada segunda-feira, em primeira mão ao Contacto, que a vítima era portuguesa e vivia no Grão-Ducado.
Na sequência desta notícia, o Ministério Público de Nancy, em França, confirmou no dia seguinte que as autoridades luxemburguesas tinham identificado o corpo graças às tatuagens e ao uso do ADN e acrescentou que entregou o caso ao Parquet de Dierkich.
O corpo desmembrado da mulher foi encontrado no dia 19 de setembro por um adolescente de 16 anos atrás de um edifício abandonado, nas imediações da Câmara de Mont-Saint-Martin, no departamento Meurthe-et-Moselle.
O caso está a ser investigado pelas autoridades francesas e luxemburguesas.
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