Mulheres da UE trabalham sem receber ordenado até ao fim do ano
Igualdade
Mulheres da UE trabalham sem receber ordenado até ao fim do ano
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A contagem simbólica começou na quarta-feira e espelha a diferença salarial das mulheres face aos homens nas mesmas funções. Luxemburgo é líder europeu em matéria de igualdade salarial.
A contagem simbólica começou na quarta-feira e espelha a diferença salarial das mulheres face aos homens nas mesmas funções. Luxemburgo é líder europeu em matéria de igualdade salarial.
As mulheres da União Europeia (UE) trabalham sem receber ordenado até ao fim do ano. A contagem simbólica começou na quarta-feira. Trata-se, na verdade, de uma contagem virtual que espelha a diferença salarial das mulheres na Europa face aos homens nas mesmas funções.
Em termos de igualdade salarial, o Luxemburgo é um bom exemplo, tendo ao longo dos anos conseguido reduzir essa discrepância para 1,3%. Isto significa que, apesar dos avanços, as mulheres continuam a ganhar menos 1,3% dos que os colegas masculinos no mesmo posto de trabalho.
A ministra da Igualdade, Taina Bofferding, saúda, contudo, o facto de o Luxemburgo ser líder europeu em matéria de igualdade salarial entre géneros e atribui essa posição aos esforços políticos levados a cabo nos últimos anos pelo Executivo.
Bofferding apela, porém, à vigilância, defendendo que este bom resultado encorajador deve servir para atingir a meta de zero desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Ao ingressar nesta coligação liderada pela OIT, pela ONU Mulheres e pela OCDE, a ministra Taina Bofferding garante que o Luxemburgo compromete-se a fazer mais esforços para atingir a igualdade de salários.
Se nada for feito em contrário, o Luxemburgo só deverá extinguir o fosso salarial entre homens e mulheres em 2027, ainda assim, 77 anos antes do conjunto dos Estados membros da União Europeia.
A diferença salarial entre homens e mulheres no Luxemburgo ronda o 8,6%, sendo uma das disparidades mais baixas da Europa. Ainda assim, as mulheres continuam a ganhar menos do que os homens no Grão-Ducado.
Os cálculos foram feitos pelo grupo feminista francês Les Glorieuses a partir dos dados do Eurostat sobre as desigualdades salariais entre homens e mulheres.
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