Luxemburgo é o segundo país da UE com menos peso de fontes renováveis no consumo energético
Luxemburgo é o segundo país da UE com menos peso de fontes renováveis no consumo energético
O Luxemburgo é o segundo pior país da União Europeia (UE) no que se refere ao peso das energias renováveis no consumo energético final doméstico. No Grão-Ducado, essa proporção é de 12%, o que representa cerca de metade da média comunitária, que em 2020 se situou nos 22%, segundo dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas europeu, publicados esta quarta-feira.
Pior que o Luxemburgo está Malta, com as fontes renováveis a representarem apenas 10% da energia consumida no país. O pódio dos três piores países nessa matéria fica completo com a Bélgica, onde a proporção das renováveis se fica pelos 13%.
Abaixo da média europeia estão igualmente a França, a Alemanha e os Países Baixos, com uma proporção de 19,1%, 19,3% e 14% respetivamente.
Já no topo dos países com mais peso de fontes energéticas renováveis no consumo final de energia encontra-se a Suécia. Com uma proporção de 60% destas energias limpas, mais de metade da energia do país é verde. A Suécia foi de longe o estado-membro que registou a maior quota entre os países da UE em 2020, deixando ainda a uma grande distância aqueles que melhor se posicionam a seguir, como a Finlândia , com 44%, e a Letónia, com 42%.
Portugal também nas posições cimeiras, ocupando o quinto lugar do ranking, com uma proporção de 34% de energias renováveis no consumo energético doméstico, à frente de países como a Dinamarca.
UE dá sinais encorajadores mas há países com quotas aquém do esperado
A nível da UE, a quota do consumo final bruto de energia proveniente de fontes renováveis atingiu 22% em 2020, o que, sinaliza o Eurostat, representa mais 2 pontos percentuais (pp) acima do objetivo definido para esse ano, pela diretiva europeia para promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis.
Em termos médios o valor alcançado significa um marco importante no caminho traçado pela União Europeia para atingir a neutralidade carbónica até 2050.
No entanto, entre os Estados-membros verificaram-se disparidades com alguns a ultrapassarem as suas metas nacionais e outros a ficarem aquém do que propuseram em matéria de energias verdes.
Entre os 27 países da UE, 26 cumpriram ou excederam os seus objetivos para 2020. Neste último caso, incluem-se a Suécia e a Croácia, que ultrapassaram ambos as metas que traçaram para uso de energias renováveis em 11%, e a Bulgária com mais 7% do que o previsto. No extremo oposto, a França foi o único Estado-membro que ficou aquém do seu objetivo, com menos 3,9% do que tinha definido.
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