Luxemburgo com novo recorde de casos de eutanásia
Luxemburgo com novo recorde de casos de eutanásia
O mais recente relatório sobre a eutanásia no Luxemburgo, que foi apresentado à Câmara dos Deputados na terça-feira, mostra que foram assinalados 52 casos de morte medicamente assistida em território nacional entre 2021 e 2022.
"Oito eutanásias foram realizadas em lares ou centros de dia, 23 na casa do paciente, 24 num estabelecimento hospitalar e três num local privado", precisa o documento, citado pelo Virgule.
Este número é ainda mais alto do que o do último relatório, que abrangia o período entre 2019 e 2020, e prova que o procedimento está a progredir no Luxemburgo.
Segundo o documento, entre os 58 casos referidos, 12 envolveram doenças neurodegenerativas, oito estiveram relacionadas com doenças neurovasculares, um envolveu uma doença autoimune e os restantes (37) deveram-se a cancro.
Pacientes tinham entre 20 e 59 anos
Entre os pacientes eutanasiados, dois tinham entre 20 e 39 anos e dez tinham entre 50 e 59 anos. "As declarações mostram que as eutanásias decorreram de forma serena e digna", lê-se no documento.
O relatório observa ainda que, apesar de haver "um número de médicos dispostos a realizar a eutanásia relativamente pequeno", o número de mortes medicamente assistidas aumentou em comparação com anos anteriores.
Isto reflete-se também no elevado número de disposições de fim de vida recebidos: foram 778, na sua maioria de homens com idades entre os 60 e 0s 79 anos. "Este aumento só pode ser explicado por uma melhor comunicação aos interessados relativamente às possibilidades atualmente disponíveis no Luxemburgo.
A lei da eutanásia foi introduzida no Luxemburgo em 2009, altura em que foi criada uma comissão de acompanhamento do desenvolvimento do procedimento no território. A evolução é documentada no relatório que sai a cada dois anos.
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