Luxemburgo. 85% dos residentes concorda com a eutanásia
Luxemburgo. 85% dos residentes concorda com a eutanásia
A grande maioria dos residentes no Grão-Ducado concorda com a Eutanásia e a assistência ao suicídio, porém gostaria de estar mais informado sobre a lei.
Estes são duas das conclusões do inquérito sobre esta prática médica permitida no Grão-Ducado que hoje foram reveladas pela Comissão Nacional de Controle e Avaliação da Lei sobre a Eutanásia e Assistência ao Suicídio como uma das celebrações do 10º aniversário da entrada em vigor da legislação.
Nestes 10 anos, 71 pessoas recorreram à eutanásia no Grão-Ducado. Foram 37 homens e 34 mulheres, a maioria entre os 60 e os 79 anos (63 casos) e com mais de 80 anos (23), de acordo com o relatório de 2018 desta comissão. O hospital (40 casos) e o domicílio (20) foram os principais locais onde a morte assistida aconteceu.
Mais e melhor informação
71 casos que representam “cerca de 0,27% das mortes”, sublinhou Lotty Prussen, presidente da Comissão Nacional de Controle e Avaliação da Lei sobre Eutanásia e Assistência ao Suicídio, citada pelo L’Essentiel.
Em comparação com a Bélgica e a Holanda, onde a morte assistida também está legalizada, os números do Luxemburgo são reduzidos. “É uma taxa muito baixa, na Bélgica é de 1% a 2% e na Holanda de 5% a 6%”, realçou.
Para esta responsável é necessário informar melhor os pacientes e a população em geral sobre “esta legislação” e as opções que existem quando se fala em “chegar ao fim da vida”.
A verdade é que para Lorry Prussen, ainda existe um tabu sobre a eutanásia. Por isso, um dos objetivos da sua comissão é conseguir pôr as pessoas a falar sem medo e livremente sobre a eutanásia, indica a RTL.
De acordo com os resultados do inquérito 79% dos residentes do Luxemburgo consideram importante conhecer um médico disposto a praticar a eutanásia e 78% são favoráveis a uma consulta especial para falar sobre o fim da vida.
Nove em cada 10 concordam
Mesmo assim, e de acordo com os resultados do inquérito a comissão sabe que a maioria da população concorda com a morte assistida.
Quase nove em cada 10 residentes assim o declararam. Destes 85% de inquiridos, 44% consideram que a lei é positiva pois evita sofrimento e 36% coloca em primeiro lugar a vontade do paciente, de acordo com os dados citados pelo L’Essentiel.
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