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JIF convoca Greve das Mulheres e lembra que "nada mudou"
Sociedade 2 min. 09.02.2022 Do nosso arquivo online
8 de Março

JIF convoca Greve das Mulheres e lembra que "nada mudou"

8 de Março

JIF convoca Greve das Mulheres e lembra que "nada mudou"

Foto: Gerry Huberty
Sociedade 2 min. 09.02.2022 Do nosso arquivo online
8 de Março

JIF convoca Greve das Mulheres e lembra que "nada mudou"

Maria MONTEIRO
Maria MONTEIRO
A plataforma feminista volta a sair à rua no dia 8 de Março, a partir das 17h, na Place de la Gare e mantém as reivindicações dos últimos anos. A justiça salarial, a redução do tempo de trabalho e o direito à habitação estão entre as principais exigências.

A Journée Internationale des Femmes (JIF) vai voltar a marchar pela igualdade de género e apela à participação de todos os que se queiram juntar. A terceira Greve das Mulheres está agendada para o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a partir das 17h, na Place de la Gare. O coletivo apresenta uma série de reivindicações que não difere muito dos anos anteriores. Isto porque, recorda a plataforma feminista, "nada mudou" com a crise sanitária; pelo contrário, as desigualdades sociais e laborais acentuaram-se. "As nossas exigências permanecem as mesmas, mas agora são ainda mais urgentes", advertiu Line Wies, citada pelo Le Quotidien.

A justiça e igualdade salariais, a redução do número de horas de trabalho e o direito à habitação estão entre as reivindicações centrais da JIF. O grupo lembra que, nos últimos dois anos, "não houve praticamente nenhum progresso social", uma vez que as mulheres viram a sua carga laboral e familiar aumentar durante os sucessivos confinamentos e, posteriormente, devido à preponderância do teletrabalho e do ensino à distância. 

A JIF pretende, ainda, alertar para questões como a crise habitacional, cujo impacto se tem vindo a sentir, com particular incidência, entre as vítimas de violência doméstica, famílias monoparentais, minorias étnicas e raciais e a comunidade LGBTIQ+; a extensão do direito a três meses de licença de parto a pais e parceiros do mesmo sexo; a implementação e divulgação de estatísticas sobre a violência física e psicológica sobre as mulheres e a inscrição do femicídio no código penal luxemburguês.


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Marcha deverá ter perímetro restrito

A marcha deverá ser sujeita a um perímetro restrito, entre o Parque do Glacis e a Philharmonie, à semelhança do que tem acontecido com as manifestações contra as medidas anti-covid. Para Michelle Cloos, do OGBL, citada pela RTL, a delimitação do espaço é "um escândalo", pois coloca a luta feminista "em pé de igualdade com os manifestantes anti-vacinas" e constitui "um ataque ao direito fundamental de manifestação".

Mas em resposta à RTL, a burgomestre da Cidade do Luxemburgo, Lydie Polfer, refere que ainda não foi decidido que corredor será usado para a Greve das Mulheres. Polfer revelou, ainda, que a organização registou junto das autoridades municipais o pedido para realizar uma marcha entre a Gare e o centor histórico, com dois mil participantes.

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