Há quem nunca tenha chegado a sair do primeiro confinamento
Há quem nunca tenha chegado a sair do primeiro confinamento
Numa entrevista à Rádio Latina sobre os impactos da covid-19, a diretora da Fundação Cancro, Lucienne Thommes, alertou para a situação destes doentes "que continua a ser difícil". A responsável sublinha que, enquanto a população passou por um "ligeiro desconfinamento" e retomou uma vida mais ou menos normal, para os pacientes oncológicos a situação continua a ser "stressante".
Thommes sublinha que os especialistas em psico-oncologia da Fundação têm detetado, sobretudo, problemas de ansiedade e solidão. Há quem esteja isolado e se sinta só. Por outro lado, há doentes que têm o apoio e a companhia de familiares, mas, que por isso, mesmo acabam por viver numa situação de incerteza e ansiedade face à hipótese de virem a ter contacto com o vírus.
Depois de ter voltado a funcionar – ainda que com algumas limitações –, o Luxemburgo prepara-se agora para regressar a um novo confinamento parcial, que provavelmente pouco ou nada vem mudar no dia a dia dos doentes com cancro, com a diretora da fundação a destacar, em particular, aqueles em tratamento (quimioterapia ou radioterapia). Lucienne Thomas diz que é necessário garantir a segurança e o bem-estar destes pacientes, sobretudo nas idas ao hospital, defendendo, por exemplo, as teleconsultas, quando possível.
(Diana Alves, jornalista do Contacto e Rádio Latina)
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