Facebook. Dados pessoais de mais de 500 milhões de utilizadores divulgados na internet
Facebook. Dados pessoais de mais de 500 milhões de utilizadores divulgados na internet
Dados pessoais de mais de 500 milhões de utilizadores do Facebook foram divulgados, este sábado, na internet, num fórum de 'hacking'.
Segundo noticia a revista Business Insider, números de telefone, nomes completos, localizações, datas de nascimento, detalhes biográficos e endereços de correio eletrónico foram algumas das informações pertencentes a 533 milhões de utilizadores da rede social, que um utilizador do fórum publicou no fórum.
Os dados expostos incluem informações pessoais de utilizadores do Facebook de 106 países, incluindo mais de 32 milhões de registos nos EUA, 11 milhões no Reino Unido, e 6 milhões na Índia.
Um porta-voz do Facebook afirmou à revista que os dados divulgados são antigos e que foram roubados devido a uma vulnerabilidade na segurança da rede que a empresa corrigiu em 2019.
Contudo, os especialistas alertam que apesar de antigos os dados podem continuar a fornecer informações válidas sobre as pessoas a que estão associados.
"Uma base de dados deste tamanho, contendo a informação privada, tal como números de telefone de muitos utilizadores do Facebook, levaria certamente maus elementos a tirar partido dos dados para realizar ataques ou tentativas de hacking", explica, citada pela Business Insider, Alon Gal, da empresa especializada em informações de cibercrime Hudson Rock.
A empresa descobriu os dados divulgados pela primeira vez em janeiro, quando um utilizador no fórum de 'hacking' anunciou que um "bot" (programa pirata) poderia fornecer números de telefone de centenas de milhões de utilizadores do Facebook em troca de uma quantia em dinheiro. Na altura verificou-se que os dados eram legítimos.
Agora, todo o conjunto de dados foi publicado gratuitamente no mesmo fórum de 'hacking', tornando-os amplamente disponíveis a qualquer pessoa com conhecimentos rudimentares de dados.
Mais uma falha a atingir de privacidade a atingir o Facebook
Esta partilha ilegal de dados privados não foi a primeira exposição online a atingir os utilizadores do Facebook.
Em 2018, foi denunciado o escândalo com a empresa Cambridge Analytica, por exemplo, que divulgou dados de 80 milhões de utilizadores, violando os termos de serviço do Facebook, para visar os eleitores com anúncios políticos nas eleições de 2016 nos Estados Unidos. Depois disso, a empresa prometeu reforçar a segurança da rede.
Em relação ao caso mais recente de libertação de dados de 533 milhões de utilizadores, Alon Gal refere que em matéria de segurança, não há muito que o Facebook possa fazer para ajudar os que foram afetados por essa divulgação , uma vez que os seus dados já estão expostos, mas ressalvou que a rede podia, contudo, alertá-los, notificando-os para que estes permanecessem vigilantes a possíveis esquemas de "phishing" (roubo de dados).
"Os utilizadores que se inscrevem numa empresa respeitável como o Facebook estão a confiar-lhes os seus dados e é suposto o Facebook tratar os dados com o máximo respeito. A fuga de informação pessoal dos utilizadores é uma enorme quebra de confiança e deve ser tratada em conformidade ", defende Alon Gal.
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