AstraZeneca. Em contracorrente Bélgica mantém vacina, Suécia suspende
AstraZeneca. Em contracorrente Bélgica mantém vacina, Suécia suspende
As autoridades belgas anunciaram na segunda à noite que vão continuar a administrar a vacina da AstraZeneca, após os vizinhos Luxemburgo, França e Alemanha terem seguido o caminho contrário. Devido aos recentes casos de coagulaçaõ sanguínea após a toma a vacina em alguns pacientes na Áustria e Dinamarca, o fármaco contra a covid-19 foi suspenso por vários Estados europeus por precaução.
Confrontados com o cenário as autoridades belgas decidiram manter a vacinação com o fármaco, enquanto a UE aguarda o parecer da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), esperado na próxima quinta-feira. Esta terça-feira de manhã, o porta-voz do centro de crise da pandemia na Bélgica, Yves Van Laethem, confirmou a decisão em conferência de imprensa: "Com base ns dados, acreditamos que esta vacina é uma boa vacina", adiantou citado pela RTL.
Na segunda à tarde, o Conselho Superior de Saúde tinha já emitido um parecer encorajando o uso da vacina, ao considerar que "não há provas de que estes fenómenos [a formação de coágulos sanguíneos] sejam mais frequentes em pacientes vacinados com a AstraZeneca do que numa população não vacinada". E consideraram mesmo que "o benefício da vacinação supera de longe os riscos potenciais", posição já tomada também pela EMA antes do encontro nos próximos dias sobre a matéria.
Suécia junta-se à lista de países que suspendem fármaco
A Suécia foi o país mais recente a suspender a administração da vacina da AstraZeneca, seguindo o exemplo de outros Estados, como o Grão-Ducado, Portugal, Alemanha, França, Irlanda, Dinamarca, entre outros. A Agência ueca de Saúde Pública fê-lo "como medida de precaução", "até que a investigação da Agência Europeia do Medicamento sobre os efeitos secundários suspeitos esteja concluída", afirmou o organismo numa declaração.
Segundo o epidemiologista sueco Anders Tegnell, entrevistado pela agência noticiosa TT, os 10 a 20 casos de coágulos sanguíneos relatados na Europa após a vacinação são atualmente a principal preocupação das autoridades sanitárias suecas e precisam de ser investigados mais aprofundadamente.
A par com a EMA, a OMS e a própria fabricante do fármaco, a Universidade de Oxford reiteram que a vacina é segura.
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