Ano de 2021 foi mais fresco e ligeiramente mais seco
Ano de 2021 foi mais fresco e ligeiramente mais seco
O ano de 2021 foi mais fresco que os últimos sete anos e ligeiramente mais seco que a média trienal registada na última década.
De acordo com a análise do instituto de meteorologia, Meteolux, publicada esta semana, a temperatura média anual foi de 9,4 °C. Ou seja, menos 0,4 °C que a média registada entre 1991 e 2020 (9,8 °C).
Por outro lado, os últimos 12 meses foram também mais secos. Em termos de precipitação, 2021 ficou marcado por um ligeiro défice pluviométrico, registando um total anual de 784,2 l/m ², ligeiramente inferior à média trienal do período entre 1991 e 2020, que se situou nos 831,5 l/m².
Em 2021, o Luxemburgo teve 1850,9 horas de sol, o equivalente a mais dois dias de sol que a média do período de referência 1991-2020 (1802,9 horas).
Temperatura recorde na primavera e precipitação extrema no verão
Apesar de o ano ter sido, no geral, mais fresco que os sete anteriores, houve temperaturas acima da média.
O inverno de 2020-2021 foi ligeiramente mais ameno com uma temperatura média sazonal de 2,9 °C, mais 1ºC que a média da última década. Em termos de precipitação, a estação ficou marcada por um excesso de precipitação, com mais 20% (263,9 l/m²) de pluviosidade, por comparação com a média trienal de 1991-2020 (220,6 l/m²). Para estes valores contribuiu um mês de janeiro especialmente húmido (94,2 l/m²), sublinha o Meteolux.
Já a primavera de 2021 foi a mais fresca desde 2013, tendo-se caracterizado por uma temperatura média sazonal de 7,5°C, 2,1°C abaixo do período de referência 1991-2020. No entanto, no dia em 31 de março foi registada uma temperatura máxima de 23,5 °C na estação de meteorológica do Findel, a temperatura mais elevada registada durante um mês de março na história da estação, desde 1947.
A primavera foi também mais seca, com um défice pluviométrico de 12% (157,2 l/m²) face à média trienal de 1991-2020, e mais ensolarada, com 618,8 horas de sol, cerca de mais 10% que a média deste período de referência.
Mais frio que o normal, o verão trouxe cheias inéditas ao centro da Europa, tendo o Luxemburgo também sido severamente afetado por chuvas fortes e inundações.
Com uma temperatura média de 17,4 °C, menos 0,5 °C que a média de 1991-2020, a estação foi particularmente húmida (306,2 l/m²). No verão de 2021 choveu mais 41% do que a média da década anterior para o mesmo período (217 l/m²).
Julho de 2021, o mês das maiores cheias de que há memória no Luxemburgo foi o segundo julho mais chuvoso desde 1947. Ao contrário dos últimos anos, esse mês registou um total mensal de 187,8 l/m² de pluviosidade, cerca de mais 160% do que a média a longo prazo para 1991-2020.
As chuvas torrenciais de dia 14, resultaram em dois registos de intensidade de precipitação para um mês de julho na estação meteorológica do Findel: um registo de intensidade máxima em 12 horas com um total de 74,2 l/m² e em 24 horas com um total 79,4 l/m². A precipitação acumulada em 12 horas correspondeu a um recorde histórico absoluto nos registos da estação.
Já o outono de 2021 caracterizou-se por ser mais seco que o normal, com um acentuado défice pluviométrico. Choveu 116,4 l/m², o que corresponde a menos 46% do registado no período de referência de 1991-2020. Nos termómetros, não se verificaram grandes oscilações, com a temperatura média a situar-se nos 9,7ºC.
O Contacto tem uma nova aplicação móvel de notícias. Descarregue aqui para Android e iOS. Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
