Portugal. Menina de 3 anos terá morrido por dívida de 400 euros
Portugal. Menina de 3 anos terá morrido por dívida de 400 euros
As três pessoas detidas por suspeita do homicídio por maus tratos de uma menina de três anos, em Setúbal, são uma mulher a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, e o marido e a filha desta suspeita, segundo a PJ.
O coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, João Bugia declarou à Lusa que a mãe da menina foi “ardilosamente enganada” e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.
“A mulher agora detida convenceu a mãe a levar a criança a sua casa com o pretexto de que a menina poderia ficar a brincar com a neta, da mesma idade, enquanto conversavam sobre a dívida”, referiu.
Rapto e violência
No entanto, segundo o coordenador da PJ de Setúbal, não foi permitido à mãe da menina levar a criança de volta para casa. A criança permaneceu cinco dias na casa dos detidos onde terá sofrido maus-tratos severos.
A morte da menina ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa da suspeita, identificada pela progenitora às autoridades como ama da criança.
De acordo com a progenitora a filha tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica. A criança foi assistida na casa da mãe e de seguida transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Homicídio qualificado
A Polícia Judiciária deteve os três suspeitos, um homem de 58 anos e duas mulheres de 52 e 27 anos que esta tarde ou amanhã serão presentes a tribunal.
João Bugia, disse à Lusa que a mãe da menina, de três anos, e o padrasto foram também ouvidos durante a noite na Polícia Judiciária (PJ), mas não foram constituídos arguidos.
Os três detidos são suspeitos dos crimes de rapto, extorsão, ofensas à integridade física e homicídio qualificado.
João Bugia revelou ainda que, apesar de haver algumas suspeitas iniciais de eventuais agressões sexuais contra a criança, esses indícios não foram confirmados na autópsia realizada na quarta-feira.
Com LUSA
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