Há cada vez mais emigrantes a regressar de vez a Portugal
Lusa
Dos 51 mil imigrantes que entraram em Portugal, em 2021, 52% foram de portugueses emigrados que agora regressaram ao país natal.
Em 2021, entraram em Portugal cerca de 51 mil imigrantes e saíram cerca de 25 mil emigrantes, traduzindo-se num saldo positivo para o país de 26 mil pessoas.
Ao contrário do verificado desde 2014, em 2021, mais de metade (52 %) da imigração “foram regressos de pessoas nascidas em Portugal”, acentuou a Pordata, a base de dados portuguesa sobre Portugal contemporâneo e Europa.
“A maioria, tanto de quem sai como de quem entra em Portugal, tinha nacionalidade portuguesa (95 % entre os emigrantes e 75 % entre os imigrantes)”, acrescenta o estudo.
Entre 2011 e 2014, saíram do país mais do dobro das pessoas que entraram, uma tendência que se começou a inverter em 2015 e “desde 2019 que os imigrantes representam mais do dobro dos emigrantes”.
A emigração é mais acentuada entre a população mais qualificada, tendo um terço das pessoas com mais de 15 anos que saem do país um curso superior e 29 % o ensino secundário.
Desde 2011 o país perdeu perto de 196 mil pessoas, e 2019 e 2020 foram os únicos anos em que se registou um aumento da população face ao ano anterior: mais 19.300 em comparação a 2018 e mais 75.700 fazendo um paralelismo com 2019.
“Este aumento da população ficou a dever-se, sobretudo, ao saldo migratório positivo”, é sublinhado no estudo, numa referência à diferença entre as pessoas que imigraram e às que saíram do país.
Luxemburgo é um dos três países europeus que terá uma análise mais aprofundada num estudo que refletirá também as perspetivas de retorno ao país face à atual pandemia.
Há mais emigrantes qualificados a chegar ao Grão-Ducado e já não vêm só das tradicionais regiões de partida, o interior norte e centro do país. Em contrapartida, a precariedade aumentou nos últimos anos e há muitos a viver situações difíceis, alertam os autores do estudo Remigr, que traça um retrato da nova vaga de imigração portuguesa no Luxemburgo.
Nas vésperas do mês de férias dos emigrantes, o Governo apresentou no parlamento um relatório sobre os portugueses no estrangeiro. O estudo, que excluiu os luso-descendentes, pretende ser um primeiro retrato anual sobre atual emigração portuguesa.
Os crimes de abusos sexual de menores têm sido uma prática reiterada no seio da Igreja Católica e o seu encobrimento sistemático. Quanto mais se investiga, mais o escândalo se torna monstruoso.
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