Emitido mandado de captura para alemão conhecido como o "Rei dos Aspiradores"
Emitido mandado de captura para alemão conhecido como o "Rei dos Aspiradores"
O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) pronunciou para julgamento o empresário alemão Matthias Schmelz pelos crimes de recurso à prostituição de menores e aliciamento de menores para fins sexuais e ordenou a emissão de mandado de captura.
Segundo uma nota do Ministério Público (MP) da Comarca de Lisboa - sem citar o nome, mas indicando o número do processo que foi atribuído ao caso do arguido conhecido como “Rei dos Aspiradores” -, o juiz de instrução confirmou a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Schmelz vai responder por 21 crimes de recurso à prostituição de menores agravado e cinco crimes de aliciamento de menores para fins sexuais.
“O juiz de instrução determinou ainda a emissão de mandados de detenção/captura nacionais, europeus e internacionais a fim de sujeitar o arguido a primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação”, pode ler-se no comunicado.
Recordando que os factos deste caso tiveram lugar entre 2018 e 2019, o MP refere que o cidadão alemão se aproveitou do “estatuto socioeconómico elevado que detinha” para aliciar “jovens com idade inferior a 18 anos para consigo manterem relações sexuais a troco de quantias situadas entre os 200 e os 400 euros”, com os crimes a ocorrerem num hotel em Lisboa e na residência que tinha em Cascais.
“Para poder usufruir dessas práticas com jovens que não conhecia, oferecia as quantias monetárias avultadas não só à menor que lhe apresentasse uma nova jovem, mas também à menor com a qual aquela se fizesse acompanhar”, refere ainda o MP, notando que, na fase de instrução (fase prévia para o juiz avaliar se os indícios são suficientemente fortes para julgamento), o arguido “não colocou em causa os indícios recolhidos na fase de inquérito”.
De acordo com o despacho de acusação emitido em maio de 2022, Schmelz “encetou fuga de território português” em 13 de novembro de 2019, na sequência de notícias divulgadas na comunicação social ainda durante a investigação do MP, deslocando-se primeiro para Madrid num veículo de transporte através da plataforma eletrónica Uber e depois, “de forma não concretamente apurada”, viajou para a África do Sul e, finalmente, Dubai.
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