Covid. Aumento de casos exige “reforço de medidas individuais” em Portugal
Covid. Aumento de casos exige “reforço de medidas individuais” em Portugal
Em Portugal, a curva da Covid-19 está a subir, com um aumento de casos de infeção, de internamentos e óbitos nos últimos sete dias. Os dados são revelados no último relatório sobre a situação epidemiológica da doença em Portugal assinado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).
“A epidemia de COVID-19 mantém uma incidência muito elevada, com tendência crescente”, indica o referido documento ontem divulgado. Perante a situação preocupante estes dois organismos recomendam “fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”.
O mesmo é dizer que os portugueses devem voltar a colocar a máscara especialmente nos locais de maior risco de propagação do vírus, para conter esta sexta vaga da pandemia no país.
Isso mesmo já tinha recomendado a Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas numa entrevista ao jornal da TVI. Os portuguese devem voltar a usar máscara em “ambientes fechados e aglomerados”, aconselhou a responsável citada pelo Diário de Notícias.
As infeções por SARS-CoV-2, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias foi de 1 529 casos, contabiliza o relatório e na base da subida da curva da epidemia no país podem estar vários fatores.
Nova Ómicron mais contagiosa
A redução da adesão às medidas de proteção individual, como o uso da máscara, o período de festividades e o “considerável aumento de circulação de variantes com maior potencial de transmissão” podem ter contribuído para o crescimento de infeções em Portugal.
No entender dos especialistas a nova linhagem da variante Ómicron, a BA.5 revela uma maior capacidade de transmissão do que a original, é responsável principal pela nova vaga.
Mais pessoas infetadas e mais internamentos, com tendência crescente nos cuidados intensivos. Na última semana 32,9% “do valor crítico definido das 255 camas ocupadas” com doentes covid. Na semana anterior a percentagem foi de 23,1%.
“O aumento da incidência pode continuar a contribuir para uma maior procura de cuidados de saúde e o aumento da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis”, lembra o relatório, apontando aqui também uma tendência crescente.
Portugal deve chegar aos 60 mil casos diários até ao final do mês, segundo as estimativas do INSA.
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