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"Altar-palco" de quatro milhões. Presidente da JMJ diz que custo "magoa todos"
Portugal 26.01.2023
Visita do Papa

"Altar-palco" de quatro milhões. Presidente da JMJ diz que custo "magoa todos"

Visita do Papa

"Altar-palco" de quatro milhões. Presidente da JMJ diz que custo "magoa todos"

Foto: Câmara Municipal de Lisboa
Portugal 26.01.2023
Visita do Papa

"Altar-palco" de quatro milhões. Presidente da JMJ diz que custo "magoa todos"

Lusa
Lusa
O bispo-auxiliar de Lisboa disse que a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai pedir para que "parcelas que puderem ser eliminadas" sejam eliminadas.

O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 disse hoje que o valor (superior a quatro milhões de euros) do altar-palco onde o Papa vai celebrar a missa final "magoa todos", admitindo eventuais correções se necessárias.

"Confesso também que o número me magoou, e magoou-nos a todos", afirmou o bispo Américo Aguiar, em conferência de imprensa, em Lisboa, realçando o contexto das "dificuldades" económicas "das famílias".

O bispo-auxiliar de Lisboa referiu que, "nos próximos dias", a organização da JMJ vai reunir-se com as equipas responsáveis pelo projeto para aferir "qual a razão desse valor".


Altar para Papa Francisco em Lisboa vai custar 4 milhões de euros
Câmara Municipal de Lisboa justifica valor com importância e dimensão do evento que se realiza este verão. Altar fica para eventos futuros.

"Parcelas que puderem ser eliminadas, pediremos para serem eliminadas", frisou.

A obra de construção do altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar a missa final vai custar 4,2 milhões de euros à Câmara de Lisboa, numa empreitada atribuída por ajuste direto.

Segundo a informação disponibilizada no Portal Base da Contratação pública, "a construção foi adjudicada por 4,24 milhões de euros (mais IVA)", somando-se a esse valor "1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura".

A Câmara de Lisboa justificou na quarta-feira o investimento no altar-palco com as necessidades do evento e as características do terreno, sublinhando que a estrutura poderá receber 2.000 pessoas, metade dos quais bispos, e continuará depois a ser utilizada.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, referiu que sabia que a construção do altar-palco iria ficar muito cara, acrescentando que será realizada com as especificações indicadas pela Igreja Católica.

A oposição na autarquia queixou-se de "falta de transparência" e o partido Chega já requereu a presença de Carlos Moedas no parlamento para explicar os custos do evento.

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Sérgio Ferreira Borges
@Rodrigo Cabrita