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Zelensky. Mundo tem de "preparar-se para ataque nuclear russo"
Mundo 2 min. 17.04.2022 Do nosso arquivo online
Guerra Ucrânia

Zelensky. Mundo tem de "preparar-se para ataque nuclear russo"

Presidente ucraniano Zelensky lança o alerta do perigo nuclear a todos os países.
Guerra Ucrânia

Zelensky. Mundo tem de "preparar-se para ataque nuclear russo"

Presidente ucraniano Zelensky lança o alerta do perigo nuclear a todos os países.
AFP
Mundo 2 min. 17.04.2022 Do nosso arquivo online
Guerra Ucrânia

Zelensky. Mundo tem de "preparar-se para ataque nuclear russo"

Lusa
Lusa
Para salvar a face perante os reveses militares, Putin pode avançar para ataques com armas nucleares, avisa o presidente ucraniano. "Todos os países devem preocupar-se", diz.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou o mundo a “preparar-se” para a eventual utilização pela Rússia das suas armas nucleares, numa entrevista concedida no sábado a vários órgãos de comunicação social ucranianos.

“Não devemos esperar pelo momento em que a Rússia decida utilizar as suas armas nucleares. Devemos preparar-nos para isso”, declarou Zelensky na entrevista transmitida por seis ‘sites’ de informação ucranianos, bem como pela Presidência ucraniana na plataforma digital Telegram.

Ao mesmo tempo que é preciso que a Ucrânia tenha “medicamentos [contra a radiação] e abrigos antiaéreos”, também “é preciso falar com eles (os russos), assinar tratados, impor-lhes sanções económicas severas”, defendeu.


CIA adverte que reveses de Putin representam uma ameaça nuclear
A Rússia possui armas nucleares táticas devido à sua doutrina militar de "escalar para desescalar".

Russos podem usar "qualquer arma"

“Os russos podem usar qualquer arma, estou convencido disso”, vincou.

Na sexta-feira, Zelensky já tinha afirmado que “o mundo inteiro” deveria estar “preocupado” com o risco de o Presidente russo, Vladimir Putin, para salvar a face após os reveses militares na Ucrânia, recorrer a uma arma nuclear tática.

“Não só eu, mas penso que o mundo inteiro, todos os países devem estar preocupados”, disse à estação televisiva norte-americana CNN.

O chefe de Estado ucraniano fazia eco das declarações sobre o assunto feitas pelo diretor da CIA (agência de serviços secretos externos norte-americanos), William Burns, que sustentara na véspera ser preciso “não encarar de ânimo leve” uma tal ameaça.

“Não encontrámos realmente sinais concretos, como destacamentos ou medidas militares que possam agravar as nossas preocupações”, contrapôs, contudo, o dirigente da CIA.


Utilizados pela primeira vez na sexta-feira pelo exército russo, os hipersónicos mísseis Kinjal ("punhal" em russo) permitiram a Moscovo destruir um armazém subterrâneo de armas na Ucrânia ocidental.
Invencíveis, hipersónicas ou invisíveis: as armas de que a Rússia se orgulha
Os mísseis hipersónicos Avangard ("vanguarda", em russo) da Rússia são capazes de mudar de rumo e altitude a velocidades muito elevadas, tornando-os "praticamente invencíveis", segundo Putin. Kinjal, o "punhal" hipersónico, foi utilizado pela primeira vez na Ucrânia.

Após o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Kremlin referiu brevemente a colocação em alerta das suas forças de dissuasão nuclear.

Moscovo só utilizará armas nucleares na Ucrânia em caso de “ameaça existencial” à Rússia, disse em seguida o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à CNN, sem adiantar mais pormenores.

De acordo com a prestigiada publicação Boletim dos Cientistas Atómicos, a Rússia está equipada com “1.588 ogivas nucleares russas a postos”, 812 das quais em mísseis posicionados em terra, 576 em submarinos e 200 em aviões bombardeiros.

Fuga de 12 milhões da Ucrânia

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 53.º dia, já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.

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