"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista
"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista
Em entrevista ao Contacto, Karl Hampel, investigador da Universidade do Luxemburgo em relações internacionais alerta que a invasão da Ucrânia tem um "impacto muito dramático para o Luxemburgo e para outros países europeus". Sob uma possível ameaça nuclear Karl Hampel acredita que esta é uma opção fora da mesa, mesmo tendo em conta as ameaças de Putin.
"A opção nuclear não está em cima da nessa e a Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'. A guerra nuclear está, sem dúvida, fora de questão", acredita Karl Hampel.
"No entanto, Putin quer demonstrar a sua determinação e envia mensagens a vários níveis dirigidas a vários públicos. É importante que a Rússia seja levada a sério", afirma no entanto.
Desta forma defende que a União Europeia devia criar um exército integrado visto que há um vazio na Europa na estratégia de defesa militar.
"O que vamos fazer para sermos capazes de nos defender?", questiona este especialista em relações internacionais. Porque a "segurança europeia, neste momento depende da capacidade da França"e a "nossa segurança está a ser posta em causa". A questão está em saber se "os EUA se vão empenhar" em defender a Europa. "A Rússia é uma potência nuclear", alerta. "Há que reorganizar a arquitetura de segurança militar na Europa" afirma. Segundo Karl Hampel, a solução passa por criar "uma força integrada europeia que possa responder às ameaças à Europa".
"Neste momento a Rússia pretende neutralizar militarmente a Ucrânia. Mas Putin pode querer ir mais longe", alerta o especialista. "E se a Rússia quiser desafiar a integridade da NATO nos países bálticos? A Rússia pode querer integrar esses territórios", questiona, alertando para quem caso isso aconteça a guerra poder generalizar-se.
Quanto ao envio de armas por parte da União Europeia "não deve ser visto como um ataque pela Rússia", considera ainda.
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