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"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista
Mundo 04.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista

Guerra na Ucrânia

"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista

Foto: Andrey Gorshkov/Sputnik/AFP
Mundo 04.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

"A Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'", defende especialista

Madalena QUEIRÓS
Madalena QUEIRÓS
Neste momento há um vazio na Europa na estratégia de defesa militar, alerta Karl Hampel, investigador da Universidade do Luxemburgo.

Em entrevista ao Contacto, Karl Hampel, investigador da Universidade do Luxemburgo em relações internacionais alerta que a invasão da Ucrânia tem um "impacto muito dramático para o Luxemburgo e para outros países europeus". Sob uma possível ameaça nuclear Karl Hampel acredita que esta é uma opção fora da mesa, mesmo tendo em conta as ameaças de Putin. 

Karl Hampel
Karl Hampel
Foto: DR

"A opção nuclear não está em cima da nessa e a Rússia não deverá querer pressionar o 'botão vermelho'. A guerra nuclear está, sem dúvida, fora de questão", acredita Karl Hampel.


Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica.
Agência Internacional de Energia Atómica alerta para "perigo grave" se algum reator for atingido
Zona perto da maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, foi bombardeada pelos forças russas e provocou um incêndio, que foi entretanto extinto.

"No entanto, Putin quer demonstrar a sua determinação e envia mensagens a vários níveis dirigidas a vários públicos. É importante que a Rússia seja levada a sério", afirma no entanto.

Desta forma defende que a União Europeia devia criar um exército integrado visto que há um vazio na Europa na estratégia de defesa militar. 

"O que vamos fazer para sermos capazes de nos defender?", questiona este especialista em relações internacionais. Porque a "segurança europeia, neste momento depende da capacidade da França"e a "nossa segurança está a ser posta em causa". A questão está em saber se "os EUA se vão empenhar" em defender a Europa. "A Rússia é uma potência nuclear", alerta. "Há que reorganizar a arquitetura de segurança militar na Europa" afirma. Segundo Karl Hampel, a solução passa por criar "uma força integrada europeia que possa responder às ameaças à Europa". 

"Neste momento a Rússia pretende neutralizar militarmente a Ucrânia. Mas Putin pode querer ir mais longe", alerta o especialista. "E se a Rússia quiser desafiar a integridade da NATO nos países bálticos? A Rússia pode querer integrar esses territórios", questiona, alertando para quem caso isso aconteça a guerra poder generalizar-se.

Quanto ao envio de armas por parte da União Europeia "não deve ser visto como um ataque pela Rússia", considera ainda. 

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Como historiador, sei pouco acerca da Ucrânia, mas também sei que quem fala em nome das lições da História, sempre com maiúscula, se serve desta para defender pontos de vista muito parciais.