UE quer travar acesso da Rússia a drones
UE quer travar acesso da Rússia a drones
O braço executivo da União Europeia (UE) propôs punir o acesso da Rússia a drones, três bancos e o alegado rapto de crianças da Ucrânia para a Rússia, no âmbito do nono pacote de sanções a Moscovo pela sua invasão da Ucrânia.
"Vamos cortar o acesso da Rússia a todo o tipo de drones e veículos aéreos não tripulados. Propomos proibir as exportações diretas de motores de drones para a Rússia e a exportação para quaisquer países terceiros, como o Irão, que poderiam fornecer drones à Rússia", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
As propostas visam também três bancos, incluindo o Banco de Desenvolvimento Regional da Rússia, quatro meios de comunicação social, restrições à exportação de produtos químicos e tecnologias utilizadas para fins militares. Na lista estão, ainda, 136 indivíduos e 42 entidades, de acordo com fonte próxima da questão.
O pacote inclui pessoas ligadas às forças armadas russas, assim como funcionários individuais e empresas da indústria de defesa, membros da Duma e do Conselho da Federação, ministros, governadores e partidos políticos. Entre os sancionados estão sete governadores alegadamente envolvidos no transporte de crianças ucranianas para a Rússia, e funcionários envolvidos na apreensão de produtos agrícolas ucranianos.
Rússia terá deportado até 1,6 milhões de ucranianos
Separadamente, o Reino Unido anunciará um novo pacote de sanções na sexta-feira. As sanções visarão indivíduos e entidades russas, e terão como objetivo perturbar a evasão das sanções existentes, bem como pessoas ligadas à corrupção e a violações dos direitos humanos.
Citando estimativas de várias fontes, o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken afirmou, em julho, que "as autoridades russas interrogaram, detiveram e deportaram à força entre 900.000 e 1,6 milhões de cidadãos ucranianos, incluindo 260.000 crianças, das suas casas para a Rússia - frequentemente para regiões isoladas no extremo leste". É provável que os números tenham aumentado desde então.
A Rússia nega que as crianças tenham sido raptadas, dizendo que foram deslocadas para a sua própria proteção.
O novo pacote precisa de ser apoiado por todos os membros da UE. O objetivo é aprová-lo antes da reunião dos líderes da UE em Bruxelas, na próxima semana.
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