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UE quer reaproximar-se do Brasil e convidou Lula a visitar Bruxelas
Mundo 2 min. 26.01.2023
Relações

UE quer reaproximar-se do Brasil e convidou Lula a visitar Bruxelas

A eleição de Lula da Silva foi recebida com grande entusiasmo nas instituições europeias.
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UE quer reaproximar-se do Brasil e convidou Lula a visitar Bruxelas

A eleição de Lula da Silva foi recebida com grande entusiasmo nas instituições europeias.
Foto: AFP
Mundo 2 min. 26.01.2023
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UE quer reaproximar-se do Brasil e convidou Lula a visitar Bruxelas

Telma MIGUEL
Telma MIGUEL
O novo presidente brasileiro poderá vir a participar na cimeira entre a UE e os países da América Latina e das Caraíbas a 17 e 18 de julho.

Durante a visita a Buenos Aires para a cimeira do CELAC (Comunidade dos Países da América Latina e das Caraíbas), Charles Michel convidou o presidente Lula da Silva para ir a Bruxelas em julho. 

A ocasião da visita oficial será a cimeira entre a UE e a CELAC, mas o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pretende ainda descongelar as relações com o Brasil depois do período Bolsonaro em que Bruxelas e Brasília estiveram de costas voltadas.

A eleição de Lula da Silva foi, aliás, recebida com grande entusiasmo nas instituições europeias e agora, em Buenos Aires, Michel voltou a “expressar o grande apoio da UE às instituições democráticas brasileiras”, segundo um porta-voz do Conselho.

Lula também reativou as relações com o grupo de países vizinhos do CELAC (uma organização criada em 2011) e a UE também pretende reativar as suas relações com estes países. “Particularmente em áreas como a luta contra as alterações climáticas; biodiversidade e a promoção de energias renováveis”, segundo fonte do Conselho Europeu.

Além de ter convidado o presidente Lula a visitar a capital europeia, Michel também comunicou ao chefe de Estado brasileiro a vontade europeia em fazer uma cimeira especificamente com o Brasil, uma vez que o último grande encontro de alto nível entre os dois blocos foi em 2014.

Recuperar o Mercosul

Também durante a presidência de Jair Bolsonaro, a assinatura do grande acordo comercial com os países do Mercosul (América do Sul) esteve congelada e a posição do antigo presidente sobre a Amazónia foi um grande entrave ao prosseguimento de relações comerciais com o Brasil.

Charles Michel disse agora que é a altura de “despertar” o tratado comercial do Mercosul e avançar para a assinatura final.

Esta semana, começando a cumprir as promessas de salvar a Amazónia e os seus povos, o governo de Brasília começou uma grande operação de ajuda humanitária à tribo dos Yanomami, cujo modo de vida e sobrevivência é ameaçada pela desflorestação e pela atividade de mineração ilegal.

Lula da Silva esteve na zona no passado sábado e decretou várias medidas para salvar as várias povoações indígenas, incluindo ações de luta contra a desflorestação ilegal e o resgate de mais de 1000 indígenas gravemente doentes. Os Yanomami enfrentam atualmente uma grave crise sanitária.

 

 

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