Fortes explosões. Tropas russas entram na segunda maior cidade e cercam outras duas na Ucrânia
Fortes explosões. Tropas russas entram na segunda maior cidade e cercam outras duas na Ucrânia
O exército russo entrou na segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, no norte, e cercou duas cidades no sul da Ucrânia, Kherson e Berdiansk, no quarto dia da invasão do país.
Em Kiev, outra zona residencial foi atacada, tendo morrido uma mulher e o exército russo atacou ainda uma base militar com tanque de combustível. Na capital, um hospital pediátrico foi atingido e uma criança de seis anos faleceu.
Também em Carcóvia, onde as forças russas se encontram já um edifício residencial foi atingido, e uma conduta de gás foi destruída.
As autoridades ucranianas confirmaram que as tropas russas entraram hoje em Kharkiv.
"Os veículos inimigos estão a circular pela cidade. Devido à situação operacional, o transporte no distrito de Oleksiyivka foi cancelado", informou na plataforma de mensagens Telegram o Serviço de Estado da Ucrânia para Comunicações Especiais e Proteção da Informação.
Na publicação é possível ver um vídeo no qual se observam vários veículos blindados numa zona urbana.
Ofensiva militar
"Durante as últimas 24 horas, as forças armadas russas bloquearam completamente as cidades de Kherson e Berdiansk", que têm respetivamente 290.000 e 110.000 habitantes, adiantou por sua vez o Ministério da Defesa russo, citado pela agência de notícias TASS.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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