Ucrânia sozinha. "As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe", lamenta Zelensky
Ucrânia sozinha. "As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe", lamenta Zelensky
O Presidente ucraniano disse, esta sexta-feira, que a Ucrânia está a defender-se sozinha, lamentando que as "forças mais poderosas do mundo estejam a observar de longe" e sustentando que as sanções internacionais são insuficientes.
"Nós defendemos o nosso Estado sozinhos. As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe", afirmou Volodymyr Zelensky.
Num discurso dirigido à nação, o chefe de Estado ucraniano acrescentou: "Será que as sanções de ontem [quinta-feira] persuadiram a Rússia? Sentimos nos nossos céus e na nossa terra que isto não é suficiente".
O governante afirmou, por outro lado, que os defensores do país frustraram os planos operacionais da invasão russa no primeiro dia.
As forças russas "começaram a bombardear áreas civis. Isto faz-nos lembrar [a ofensiva nazi em] 1941", disse Zelensky, num vídeo publicado nas redes sociais, pronunciando a frase em russo.
Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia União Europeia acordaram sanções que serão formalmente adotadas hoje, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.
O presidente norte-americano, Joe Biden, também anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia e que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas.
Moscovo lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.
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