Trump responde com "fortes sanções" e descarta, para já, resposta militar ao Irão
Trump responde com "fortes sanções" e descarta, para já, resposta militar ao Irão
Com praticamente meia hora de atraso, o Presidente norte-americano falou aos Estados Unidos e ao mundo para anunciar um pacote de "forte sanções" económicas contra o Irão. Só recua na aplicação das "novas poderosas sanções" se o país "mudar as suas políticas".
A partir da Casa Branca, em Washington, Donald Trump prometeu uma resposta económica em vez da militar. "O Irão parecer estar a recuar, o que é bom para todo o mundo", vincou antes mesmo de ter confirmado que o bombardeamento às duas bases militares norte-americanas estacionadas no Iraque levado a cabo, esta madrugada, por Teerão "não parece ter feito vítimas" entre os militares norte-americanos e iraquianos.
"Não há mortos nem feridos porque tomamos todas as medidas de segurança necessárias", sublinhou o multimilionário.
Trump repetiu duas vezes que "enquanto for Presidente dos Estados Unidos, o Irão nunca terá armas nucleares". Disse-o logo no arranque do discurso que estava previsto para as 11h da manhã nos EUA, 17h no Luxemburgo.
Na intervenção em que voltou a acusar o general iraniano Qasem Soleimani, morto esta sexta-feira por ordem do Pentágono em Bagdad, de "treinar terroristas" e de ser um dos maiores inimigos do regime norte-americano, Trump voltou a acusá-lo de estar a planear um ataque contra os Estados Unidos. "Devia ter sido morto há muito tempo", sublinhou sem pestanejar.
"A vossa campanha de terror não vai mais ser tolerada", avisou o líder norte-americano.
Apesar de reconhecer que a retaliação aos ataques desta madrugada continuam em aberto, mostrou vontade para a formalizar um novo acordo nuclear com o país. Em maio de 2018, foi no entanto, o mesmo Donald Trump a patrocinar a cisão com Teerão. Rasgou o acordo negociado pelo antecessor, Barack Obama, e aplicou logo então um pacote de sanções económicas. Há mais de um ano e meio já acusava o Irão de ser o "principal patrocinador do terrorismo" apesar do país estar na linha da frente contra o combate e eliminação dos radicais islâmicos do Daesh.
