Tráfego aéreo mundial superou dois terços do nível pré-covid em 2022
Tráfego aéreo mundial superou dois terços do nível pré-covid em 2022
O tráfego aéreo mundial atingiu 68,5% do seu nível pré-covid-19 em 2022, ano marcado pela recuperação significativa do tráfego internacional e por fortes disparidades regionais, anunciou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) esta segunda-feira.
Medido em RPK (Revenue Passenger-Kilometers), uma das referências da indústria, o tráfego doméstico subiu 10,9% em relação ao ano precedente.
As rotas domésticas voltaram aos 79,6% dos seus níveis de 2019, o último ano antes da pandemia que levou a múltiplas restrições de viagem em todo o mundo, de acordo com estatísticas divulgadas pelo organismo que reúne 300 companhias aéreas, representando 83% do tráfego global.
O tráfego doméstico está no bom caminho para regressar aos níveis pré-crise na América Latina (-0,5% em comparação com 2019), Europa (-3,1%), e América do Norte (-6,3%) mas ficou para trás na Ásia-Pacífico (-40,3%) devido a restrições de viagem prolongadas, particularmente no enorme mercado chinês.
Política "covid zero" trava retoma do mercado chinês
A política "Covid zero" que vigorou na China até ao início de dezembro levou a Iata a rever em baixa a estimativa do tráfego de passageiros para 70,6% do nível de 2019, contra os 82,4% anteriormente esperados. Espera-se que regresse a 85,5% dos níveis pré-crise até 2023, segundo aquela entidade.
O tráfego internacional, que tinha sido o mais afetado, foi multiplicado por 2,5 em 2022 e atingiu 62,2% do seu nível de 2019.
Mais uma vez, enquanto a maioria dos continentes recuperou três quartos do seu tráfego internacional pré-crise, a Ásia-Pacífico ainda estava 68,2% abaixo em relação a 2019.
"A indústria saiu de 2022 em muito melhor forma do que entrou, uma vez que a maioria dos governos levantou as restrições de viagem Covid-19 durante o ano e as pessoas tiraram partido da retoma da sua liberdade de viajar", segundo o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.
Este impulso "deverá continuar no novo ano, apesar de alguns governos terem exagerado na reação à reabertura da China", avaliou.
Muitos países impuseram testes Covid a viajantes da China, onde houve um grande recrudescimento epidémico após o fim das restrições, decisão que a Iata disse ser "impulsiva" e "ineficaz".
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