Seis alemães acusados de proxenetismo no Luxemburgo
Seis alemães acusados de proxenetismo no Luxemburgo
Seis pessoas estão em julgamento no Luxemburgo acusadas de organizar um serviço de ilegal de prostituição em Trier, com encontros ilegais no Grão-Ducado. Os seis indivíduos são acusados de proxenetismo, tráfico de pessoas e branqueamento de dinheiro.
O julgamento contra três motoristas, uma rececionista sénior, a atual proprietária do bar de alterne e uma outra mulher continuou na terça-feira com a apresentação da queixa criminal pelo Ministério Público.
O MP previa apresentar conversas telefónicas gravadas que, alegadamente, provam que os empregados do espaço em Trier levaram profissionais do sexo para visitas domiciliárias a clientes.
Foram ouvidos telefonemas durante cinco meses, em 2018, que registaram funcionários do Club Pearls a atravessar a fronteira para encontrarem clientes no Luxemburgo dezenas de vezes, avança o Luxembourg Times.
É provável que o número total dos encontros seja muito maior do que aquele provado pelas comunicações telefónicas, afirmou um agente em tribunal, na sexta-feira passada.
Na lista dos mais procurados
O antigo dono do bordel, Rigo Wendt, não está a ser julgado visto que a Alemanha não permitiu a sua extradição. O Luxemburgo colocou-o, assim, na lista dos criminosos mais procurados da Europa em 2019.
Os bordéis foram avisados pela polícia luxemburguesa sobre a passagem de prostitutas através da fronteira em 2013, depois de uma limusina do Club Pearls ter sido avistada numa estação de serviço de gasolina perto de Wasserbillig.
A então gerente Delia R. - que está a ser julgada - foi chamada pela polícia e avisada de que a prostituição publicitária era ilegal no Luxemburgo. Isso não impediu anúncios publicitários emitidos na RTL em 2016. Em tribunal na sexta-feira, Delia R. disse que já não se lembrava da conversa e negou estar envolvida na organização do serviço de acompanhantes.
Um dos condutores gravados pela polícia durante a vigilância, em junho de 2018, disse num telefonema temer ser detido. Viorel P. estava à espera de uma profissional do sexo em Echternach quando a polícia lhe perguntou sobre as suas atividades. O homem não chegou a ser detido mas ligou para o bordel para avisar que estava com medo de ficar no Luxemburgo.
A prostituição é legal no Luxemburgo, mas os clientes que contratam prostitutas menores ou vítimas de tráfico de seres humanos podem ser processados.
(Artigo original publicado no Luxembourg Times e adaptado para o Contacto por Ana Patrícia Cardoso.)
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