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Russos dizem que pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do Moskva
Mundo 2 min. 19.04.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Russos dizem que pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do Moskva

O maior navio de guerra russo, o Moskva afundou-se no Mar Negro, após um ataque de mísseis ucranianos.
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Russos dizem que pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do Moskva

O maior navio de guerra russo, o Moskva afundou-se no Mar Negro, após um ataque de mísseis ucranianos.
AFP
Mundo 2 min. 19.04.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Russos dizem que pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do Moskva

Lusa
Lusa
Segundo o Ministério da Defesa russo, o navio de guerra sofreu “um intenso incêndio e subsequente detonação de munição” e, embora “tenha sofrido sérios danos”, a tripulação foi retirada. Imprensa livre e testemunhos dizem que a versão do Kremlin é "uma mentira vulgar e cínica".

 Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo Moskva no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza, que cita fontes não identificadas.

A bordo do navio - que de acordo com fontes militares ucranianas naufragou, na semana passada, após ter sido atingido por dois mísseis "Neptune" - estavam cerca de 500 pessoas e destas uma centena ficou ferida, não sendo conhecido o número de desaparecidos.

O portal Meduza cita como fonte "uma pessoa no comando" da Marinha no Mar Negro.

Horas antes do naufrágio, Kiev tinha relatado várias explosões no navio russo, causadas pelo impacto dos mísseis ucranianos.

Segundo o Ministério da Defesa russo, o navio de guerra sofreu “um intenso incêndio e subsequente detonação de munição” e, embora “tenha sofrido sérios danos”, a tripulação foi retirada.


Em Kiev formaram-se filas nas estações de correio para comprar este novo selo, símbolo da resistência contra os russos.
Ucranianos esgotam selo de correio com navio russo afundado
Um novo selo com um soldado exibindo o dedo do meio ao cruzador russo Moskva destruído pela Ucrânia tornou-se um símbolo da resistência. Houve longas filas para o adquirir na sexta-feira, dia em que foi lançado.

Houve uma tentativa de rebocar o cruzador, um símbolo da Marinha russa, para um porto seguro e Moscovo confirmou posteriormente o naufrágio, atribuído a "circunstâncias" relacionadas com uma tempestade.

Por seu lado, o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ) indica na sua edição de hoje, com base em fontes russas não identificadas, que havia recrutas a bordo do Moskva, contrariando as versões oficiais do Kremlin.

As fontes também negaram que a tripulação do Moskva tenha sido resgatada na sua totalidade.

Versão do Kremlin é "uma mentira vulgar e cínica"

"É uma mentira, uma mentira vulgar e cínica", escreveu Dimitri Schkrebes na rede social russa VK [originalmente VKontakte], referindo-se à versão oficial do Kremlin.

Segundo o FAZ, o filho mais velho de Schkrebes, Jegor, foi recrutado no final do ano passado em Ialta para cumprir o serviço militar a bordo do Moskva, onde trabalhava como cozinheiro.

Dimitro Schkrebes garante que o seu filho está numa lista de desaparecidos da tripulação do Moskva.


"Duro golpe". Pentágono diz que Moskva foi afundado por dois mísseis ucranianos
“Estimamos que [o navio] foi atingido por dois [mísseis] Neptunes”, disse aos jornalistas o funcionário do Pentágono, que pediu anonimato. Com essa declaração, a fonte desmente a versão de Moscovo, que garante que a embarcação sofreu “danos graves” por causa de um incêndio e depois naufragou.

No início de março, após uma série de relatos sobre recrutas russos capturados pelas forças ucranianas, o Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que nem reservistas nem recrutas estavam a participar na "operação militar especial", como o Kremlin se refere à invasão russa da Ucrânia.

Além disso, em 2017 houve uma declaração oficial de que os recrutas não eram destacados para navios de guerra.

Na mesma rede social VK, foram encontradas mensagens de uma mulher de São Petersburgo sobre outro recruta, Mark Tarasov, que estaria a servir no Moskva e que também está desaparecido.

Mãe de tripulante que sobreviveu diz que muitos estão ainda desaparecidos

Os meios de comunicação ucranianos, segundo a FAZ, também noticiaram a morte do tenente Ivan Wachrusew a bordo do Moskva, confirmada pela sua mulher, que garantiu ainda que há 27 tripulantes desaparecidos.

O diário russo da oposição "Novaia Gazeta", que depois de suspender a sua publicação na Rússia tem uma edição digital europeia, publicou no fim de semana a história de uma mulher cujo filho também estaria a cumprir o serviço militar a bordo do Moskva.

A mulher, que não quis ser identificada por medo de represálias, declarou que o seu filho sobreviveu ao naufrágio e ligou-lhe em lágrimas na sexta-feira da Ucrânia, dizendo-lhe que cerca de 40 pessoas morreram, muitas ficaram feridas e outras estão desaparecidas.

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