Rússia com forças de dissuasão nuclear em alerta máximo. Ucrânia aceita negociar
Rússia com forças de dissuasão nuclear em alerta máximo. Ucrânia aceita negociar
O anúncio de pesadas sanções do ocidente à Rússia como o bloqueio dos bancos russos ao sistema Swift, que os impede de realizar transações financeiras a nível mundial, e o encerramento do espaço aéreo de 13 países da Europa à aviação russa estão a enfurecer o presidente Putin, para além da dificuldade inesperada na invasão territorial na Ucrânia.
Esta tarde, Vladimir Putin deu ordem ao seu comando militar para colocar as forças de dissuasão nuclear em alerta máximo, avançam as agências noticiosas internacionais.
"Como podem ver, não só os países ocidentais continuam a tomar medidas contra o nosso país de dimensão económica - refiro-me às sanções ilegais que toda a gente conhece muito bem - mas também os altos cargos da NATO permitem-se fazer declarações agressivas para o nosso país. Por isso, ordenei que as forças de dissuasão nuclear fossem colocadas sob um regime especial", declarou o presidente russo em declarações à televisão estatal.
Para Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, "Putin continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável", como declarou em entrevista à CBS. Para a embaixadora, a ativação desta força de dissuasão nuclear pretende "colocar medo no mundo". Por isso, defende, "temos que aumentar nossos esforços aqui nas Nações Unidas e noutros lugares para responsabilizá-lo [Putin]".
Recorde-se que Putin ameaçou já usar o armamento militar, caso a Rússia fosse "diretamente atacada" nesta invasão à Ucrânia.
Ucrânia aceita negociar
A presidência da Ucrânia anunciou esta tarde que concordou em participar em conversações com a Rússia na fronteira com a Bielorrússia, perto de Chernobyl, após mediação do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
“A delegação ucraniana reunir-se-á com a Rússia sem estabelecer quaisquer condições prévias na fronteira Ucrânia-Bielorrússia na região do rio Pripyat”, anunciou a presidência ucraniana nas redes sociais.
O anúncio surgiu depois de a Rússia ter divulgado que uma delegação russa iria participar em conversações com representantes ucranianos na Bielorrússia, país aliado de Moscovo.
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