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Putin e Trump estão reunidos em Helsínquia
Mundo 2 min. 16.07.2018 Do nosso arquivo online

Putin e Trump estão reunidos em Helsínquia

Putin e Trump estão reunidos em Helsínquia

Foto: AFP
Mundo 2 min. 16.07.2018 Do nosso arquivo online

Putin e Trump estão reunidos em Helsínquia

Cimeira realiza-se depois da polémica presença do presidente norte-americano na reunião dos países da NATO e da sua visita a Londres.

Vladimir Putin e Donald Trump reúnem-se hoje em Helsínquia num contexto em que o presidente norte-americano vem de criar novas divisões face aos seus aliados tradicionais. O levantamento das sanções contra a Rússia não deverá acontecer, até porque seria necessária a aprovação do Congresso, nem o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia. Mas temas como a Síria e a presença iraniana, o controlo do armamento, o conflito armado na parte oriental da Ucrânia, desencadeado após a invasão russa em 2014 ou a reabertura de representações diplomáticas e o regresso de alguns dos representantes expulsos vão estar em discussão.

Outro assunto que poderá ser debatido é o caso das acusações contra 12 elementos dos serviços secretos e militares russos que foram anunciadas na sexta-feira em Washington, ainda no contexto das alegadas interferências russas nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016. E, enquanto alguns exigiam o cancelamento da cimeira, Trump voltou a criticar o processo de investigação à Rússia, considerando-o "uma caça às bruxas que só prejudica a relação com os russos".

De tal forma está criado um clima de antagonismo com os tradicionais aliados dos EUA que, citada pelo diário New York Times, a presidente da Associação para a Cooperação Euro-Atlântica, Tatyana Parkhalina, referiu: "Estamos a ver algo que é surpreendente e que nem a União Soviética conseguiu - a divisão entre os Estados Unidos e a Europa Ocidental. Na altura, isso não se concretizou, mas parece estar a dar resultados com Trump".

Ainda assim, do lado russo houve respostas à retórica anti-Putin antes da chegada dos dois protagonistas à Finlândia, onde milhares de pessoas protestaram contra as políticas da Administração Trump. Se John Kennedy (senador eleito pelo estado do Louisiana que trocou o Partido Democrata pelo Republicano em 2007 e não é da família Kennedy mais famosa) salientou que "não se pode confiar em Putin" e negociar com as autoridades russas "é o mesmo que lidar com a Máfia", o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, deixou clara a posição russa. "Temos uma noção perfeita de como o sistema norte-americano está refém de estereótipos e sob a mais intensa pressão local contra a Rússia".

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"Um lapso" foi como o presidente norte-americano, acusado de traição e criticado até pelos responsáveis do Partido Republicano, classificou as suas próprias palavras na cimeira de Helsínquia com Putin. Ontem, os russos não tinham interferido nas presidenciais dos Estados Unidos em 2016; hoje, afinal, as interferências existiram. Mas também podem "ter sido outros".