Primeiro-ministro italiano apresentou demissão
Primeiro-ministro italiano apresentou demissão
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, inicia uma ronda de consultas na quarta-feira à tarde, que continua no dia seguinte, para analisar as diferentes soluções para a crise governativa a que se chegou após o abandono da coligação governamental por parte do partido Itália Viva, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi.
Conte foi forçado a renunciar ao cargo quando deixou de contar com o apoio necessário no Parlamento para algumas nomeações para o seu executivo, incluindo a do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, marcada para esta semana.
O abandono da coligação por parte do Itália Viva levou à demissão das duas ministras desta formação governamental e deixou o primeiro-ministro sem a maioria no Senado.
A intenção de Giuseppe Conte é voltar a comandar um executivo, o terceiro em três anos. Para isso deve assegurar, novamente, o número suficiente de deputados. Contudo, a oposição pede eleições o mais rapidamente possível e Silvio Berlusconi oferece-se para um governo de concentração.
Se não se demitisse, o ainda primeiro-ministro enfrentaria uma moção de censura que o podia arredar definitivamente do poder. A demissão tornou-se assim uma exigência dos seus aliados e dos parlamentares que alegadamente o deverão apoiar no futuro.
Terceira economia da zona euro e o primeiro país europeu a ser atingido duramente pela pandemia de covid-19, Itália enfrenta a sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.
Uma crise governamental poderá ainda dificultar a aprovação de um novo plano de ajudas públicas de vários milhares de milhões de euros para apoiar os setores mais afetados pelos confinamentos para travar a progressão do novo coronavírus.
Com Lusa
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