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Presidente ucraniano disposto a repensar entrada na NATO
Mundo 08.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Presidente ucraniano disposto a repensar entrada na NATO

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Presidente ucraniano disposto a repensar entrada na NATO

AFP
Mundo 08.03.2022 Do nosso arquivo online
Guerra na Ucrânia

Presidente ucraniano disposto a repensar entrada na NATO

Lusa
Lusa
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, durante uma entrevista televisiva na segunda-feira, que não vai insistir na adesão da Ucrânia à NATO, uma das questões que motivaram oficialmente a invasão russa.

Num outro sinal de abertura a negociações com Moscovo, durante uma entrevista ao canal televisivo norte-americano ABC, Zelensky disse estar disponível para um "compromisso" sobre o estatuto dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu unilateralmente, pouco antes de lançar o ataque militar.

"Quanto à NATO, moderei a minha posição sobre esta questão há algum tempo, quando percebi que a NATO não estava pronta para aceitar a Ucrânia", disse o líder ucraniano na entrevista transmitida na noite de segunda-feira.


O que vai na cabeça de Vladimir Putin?
O Contacto ouviu dois investigadores para perceber a influência da personalidade do Presidente russo no seu estilo de liderança e na decisão de invadir a Ucrânia neste momento.

"A Aliança tem medo de tudo o que seja controverso e de um confronto com a Rússia", explicou Zelensky, acrescentando que não quer ser o Presidente de um "país que implora de joelhos" por uma adesão à NATO.

Por várias vezes, Putin disse que a adesão da Ucrânia à NATO constituía uma ameaça para os interesses de Moscovo, tendo exigido ao Ocidente que não expandisse a sua zona de influência militar junto das suas fronteiras.

O Presidente russo também reconheceu as duas autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, exigindo agora que Kiev também as reconheça.


Cidadãos ucranianos tentam entrar num comboio na estação de Odessa, que as autoridades pensam ser um dos próximos alvos militares da Rússia, depois da invasão de 24 de fevereiro.
Número de refugiados da Ucrânia ultrapassa os dois milhões
A Polónia é, até à data, o país que mais recebeu cidadãos ucranianos que fugiram da guerra, mais de metade do total.

Questionado sobre esta exigência russa, durante a mesma entrevista televisiva, Zelensky disse estar aberto ao diálogo. "Estou a falar de garantias de segurança. Penso que quando se trata destes territórios ocupados temporariamente (...), que só foram reconhecidos pela Rússia, (...) podemos discutir e chegar a um compromisso sobre o futuro destes territórios", explicou o líder ucraniano.

"O importante para mim é como vão viver as pessoas que estão nestes territórios e que querem fazer parte da Ucrânia", acrescentou Zelensky, considerando que a questão é "complexa".

E concluiu: "Esse é outro ultimato e nós rejeitamos ultimatos. O que é necessário é que o Presidente Putin comece a falar, inicie um diálogo, em vez de viver numa bolha".

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Zelensky explicou que as negociações com Moscovo são complicadas porque "todos os dias os russos ocupam aldeias, muitas pessoas deixaram as casas, foram mortas pelos russos" e os cidadãos ucranianos estão a sofrer "torturas e assassínios".