Presidente da Comissão Europeia em Kiev para encontro com Zelensky
Presidente da Comissão Europeia em Kiev para encontro com Zelensky
Um total de 15 comissários europeus, incluindo os vice-presidentes Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, chegaram hoje a Kiev com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, para um conjunto de reuniões bilaterais com o Governo ucraniano.
A vice-presidente e comissária para a transição digital Margrethe Vestager, o 'vice' Valdis Dombrovskis e o alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, encabeçam a comitiva, da qual também fazem parte os vice-presidentes Maroš Šefčovič (Relações Interinstitucionais), Věra Jourová (Valores e Transparência) e Margaritis Schinas (Promoção do Estilo de Vide Europeu).
O resto da delegação europeia é composta pelos comissários Nicolas Schmit (Empregos e Direitos Sociais), Paolo Gentiloni (Economia), Janusz Wojciechowski (Agricultura), Didier Reynders (Justiça), Ylva Johansson (Assuntos Internos), Janez Lenarčič (Gestão de Crises), Olivér Várhelyi (Vizinhança e Alargamento), Virginijus Sinkevičius (Ambiente, Oceanos e Pescas) e Mairead McGuinness (Serviços e Estabilidade Financeiros).
O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, acusou esta quinta-feira o "Ocidente" de estar a apoiar a Ucrânia para pôr fim ao que chamou "questão russa", criticando diretamente esta visita da presidente da Comissão Europeia a Kiev.
Envio de armamento será "bola de neve", diz Lavrov
Von der Leyen "declarou que o resultado da guerra deve ser a derrota russa, e uma derrota de tal forma que não volte a levantar-se durante décadas", disse Lavrov numa entrevista transmitida pelas televisões da Rússia.
"Isto não é racismo? Nazismo? [isto não é uma] tentativa de resolver a 'questão russa'?" questionou o chefe da diplomacia da Rússia.
Lavrov afirmou, ainda, que o envio de armas ocidentais para Kiev vai fazer com que as forças russas mantenham a presença no país para afastarem as tropas ucranianas da zona de fronteira.
"Se neste momento tratamos de afastar a artilharia das Forças Armadas da Ucrânia para uma distância que não constitua uma ameaça para os nossos territórios, quanto maior for o alcance do armamento que (vão) enviar para o regime de Kiev, mais empenhamento haverá para afastar os soldados ucranianos das nossas fronteiras", disse à agência RIA Novosti e à cadeia de televisão Rossia-24. O chefe da diplomacia da Rússia acrescentou que o Ocidente está a afundar-se num pântano "com cada passo que dá, na Ucrânia".
"Vai ser uma bola de neve", disse Lavrov referindo-se às consequências - do ponto de vista de Moscovo - da presença do armamento estrangeiro que vai ser enviado para Kiev.
Lavrov disse ainda que a Rússia se encontra no centro de uma "batalha geo política" e que os militares russos que se encontram na primeira linha da frente "são heróis" empenhados no futuro da humanidade contra a "hegemonia total dos Estados Unidos".
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