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Países Baixos e Alemanha caminham para a união das Forças Armadas
Mundo 2 min. 02.02.2023
Defesa

Países Baixos e Alemanha caminham para a união das Forças Armadas

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Países Baixos e Alemanha caminham para a união das Forças Armadas

Foto de arquivo: Philipp Schulze/dpa
Mundo 2 min. 02.02.2023
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Países Baixos e Alemanha caminham para a união das Forças Armadas

Lusa
Lusa
O resultado será uma unidade de infantaria com uma força combinada de 50.000 soldados.

Os governos alemão e neerlandês estão perto de dar um grande passo para a união das suas Forças Armadas, com a integração de uma unidade de combate do Exército dos Países Baixos numa da Alemanha, noticiou um jornal local.

A 13.ª Brigada Ligeira, sediada no município neerlandês de Oirschot, na província de Brabant, passará a fazer parte de uma divisão panzer (unidade blindada) alemã, resultando numa unidade de infantaria com uma força combinada de 50.000 soldados.


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"Muitas pessoas não percebem como é único o que estamos a fazer", destacou Jean-Paul Duckers, comandante interino de operações dos Países Baixos, ao jornal neerlandês NRC, que divulgou ter tido acesso a documentos confidenciais.

Segundo este órgão de comunicação, a união das Forças Armadas da Alemanha e dos Países Baixos faz parte de um acordo confidencial entre os dois países, conhecido como Visão Comum do Exército, assinado em 30 de novembro pelos comandantes do Exército alemão e neerlandês durante uma reunião em Dresden, capital do Estado da Saxónia.

Para já, o Ministério da Defesa neerlandês não confirmou, nem desmentiu, a informação, garantindo que ainda não foi tomada qualquer decisão política e que o acordo Visão Comum do Exército é "uma proposta".

A parceria mais próxima entre dois países da NATO

Mas em setembro, a ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, já tinha adiantado no Parlamento neerlandês que a opção de integrar a 13.ª Brigada Ligeira no Exército alemão estava a ser “analisada”.

Além disso, o acordo de coligação do governo dos Países Baixos e uma declaração de política de Defesa de junho já mencionavam uma cooperação militar mais estreita com a Alemanha, ambos países da NATO.


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Sem entrar em detalhes, esta declaração sobre a Defesa apontava que as operações combinadas, poder de fogo e outras capacidades entre as duas Forças Armadas seriam fortalecidas e que haveria também uma aposta na “digitalização”.

Esta possível maior integração das duas Forças Armadas representaria a parceria mais próxima entre quaisquer dois países da NATO e está a ser realizada como parte de uma reestruturação em larga escala das Forças Armadas da Alemanha, que entrará em vigor em 1 de abril.

O pessoal militar combinado de ambos os países é de 89.000 soldados, dos quais 24.000 são neerlandeses.

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