Milhares de pessoas marcham em Seul para homenagear vítimas de debandada mortal
Milhares de pessoas marcham em Seul para homenagear vítimas de debandada mortal
Uma semana depois daquela que foi uma das tragédias mais mortais da Coreia do Sul, milhares de pessoas reuniram-se nas ruas da capital numa vigília de homenagem às vítimas.
No fim de semana passado, 156 pessoas morreram na sequência de uma debandada em Seul. A maioria da vítimas eram jovens que se tinham reunido na zona de Itaewon, uma área de bares e discotecas, para celebrar o Halloween pela primeira vez desde o início da pandemia.
A marcha simbolizou o fim dos sete dias de luto decretados pelas autoridades do país. Mas nem a semana com as bandeiras a meia haste e os eventos cancelados abafou o coro de críticas em relação à atuação das autoridades policiais, que admitiram ter enviado um número insuficiente de agentes para controlar a multidão que se formou.
As transcrições das chamadas de emergência, obtidas pela AFP, mostram que muitos dos telefonemas para os serviços policiais, feitos horas antes do desastre acontecer, expressavam uma crescente preocupação com a densidade da multidão que se estava a formar em Itaewon.
Também o governo do presidente Yoon Suk-yeol tem sido acusado, pela oposição, de não assumir as suas responsabilidades na tragédia ocorrida.
Na impossibilidade de identificar um único organizador das comemorações do Halloween naquela zona da capital, composta por ruas estreitas e vielas inclinadas, as entidades governamentais não pediram aos bares, discotecas e restaurantes que apresentassem um plano de gestão de crise.
Por outro lado, há quem aponte que já se estimava uma multidão sem precedentes de 100 mil pessoas, em Itaewon, e que, apesar disso, a polícia só destacou 137 agentes, ao mesmo tempo que mobilizou cerca de 6.500 agentes para outra parte da cidade para apoiar um evento mais pequeno.
Com AFP
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