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Metade dos russos apoia guerra para que Ucrânia não adira à NATO
Mundo 2 min. 23.02.2022 Do nosso arquivo online
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Metade dos russos apoia guerra para que Ucrânia não adira à NATO

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Metade dos russos apoia guerra para que Ucrânia não adira à NATO

Foto: AFP
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Metade dos russos apoia guerra para que Ucrânia não adira à NATO

Lusa
Lusa
Cerca de metade dos russos inquiridos numa sondagem publicada pela CNN considera correto que o seu país use a força militar contra a Ucrânia para evitar que Kiev adira à NATO, segundo a agência espanhola Efe.

O inquérito realizado pela empresa Savanta ComRes a cidadãos da Ucrânia e da Rússia conclui que apenas 25% dos russos considera que seria errado recorrer ao exército contra a Ucrânia, ao passo que outros 25% não têm a certeza sobre qual a melhor opção para resolver a atual crise.

A sondagem revela, no entanto, que 43% creem que seria um erro "reunificar", através da força, a Rússia e a Ucrânia - dois países com uma longa e complicada história de relações entrelaçadas - mas 36% não acredita que essa seja uma má opção.


Militares das Forças Militares da Ucrânia na traseira de um camião militar na cidade de Avdiivka, na região de Donetsk, na linha da frente da Ucrânia oriental com separatistas apoiados pela Rússia, a 21 de fevereiro de 2022.
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A televisão norte-americana assinala que entre os ucranianos a recusa do uso da força pela Rússia é maioritária. Dos inquiridos, 70% disseram que seria incorreto que a Rússia usasse a força militar para evitar que a Ucrânia se unisse à NATO ou para unificar os dois países (73%).

Entre todos os que responderam ao inquérito na Ucrânia, e de todas as idades, verificou-se um consenso maioritário sobre não se sentirem "um só povo", juntamente com russos, e em defesa da existência de dois países.

Na Ucrânia, uma média de 28% dos inquiridos concorda com a ideia de que russos e ucranianos são "um só povo", ao passo que essa média sobe para 65% nos inquiridos russos. Apenas 21% dos ucranianos antecipa um final pacífico das tensões com a Rússia, em comparação com 65% dos russos.

O inquérito também assinala que apenas 26% dos ucranianos espera uma defesa militar da Ucrânia por parte da NATO ou dos Estados Unidos, e consideram mais provável que haja sanções económicas contra os líderes russos (46%) ou empresas russas (34%).


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O inquérito, realizado a mais de mil pessoas em cada país (1.021 na Rússia e 1.075 na Ucrânia) realizou-se 'online' entre 7 e 15 de fevereiro, antes do discurso de Vladimir Putin na segunda-feira e do reconhecimento por Moscovo da independência dos territórios separatistas ucranianos do Donbass (Donetsk e Lugansk).

Na terça-feira, as autoridades russas esclareceram que o reconhecimento se refere ao território ocupado quando as autoproclamadas repúblicas anunciaram o estatuto em 2014, o qual inclui espaço atualmente detido pelas forças ucranianas. O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou ainda que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios pró-russos em missão de "manutenção da paz", decisão que já foi autorizada pelo Senado russo.

Entretanto, a Ucrânia determinou a mobilização de militares na reserva para reforçar o exército.

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