Mais de 260 militares ucranianos retirados da fábrica Azovstal em Mariupol
Mais de 260 militares ucranianos retirados da fábrica Azovstal em Mariupol
A retirada foi possível "graças às ações dos militares ucranianos, das Forças Armadas da Ucrânia, dos serviços de informação, da equipa de negociação, do Comité Internacional da Cruz Vermelha e das Nações Unidas (...). Entre eles estão feridos graves, que estão a receber ajuda médica", sublinhou.
Zelensky salientou que "a Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos". "Este é o nosso principal objetivo", acrescentou, explicando que o trabalho prosseguia "para os fazer regressar a casa, um trabalho que requer delicadeza e tempo".
O Presidente ucraniano participou numa reunião, na segunda-feira, com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, "sobre como acelerar a prestação de assistência financeira à Ucrânia, dado o défice orçamental do Estado durante a guerra", de acordo com um comunicado da presidência.
Zelensky explicou também, no habitual discurso noturno, que as autoridades ucranianas estão a trabalhar para acelerar a integração da Ucrânia na UE e para que as sanções contra a Rússia sejam alargadas.
Moscovo diz que agora "não há quaisquer negociações" com Kiev
O vice-ministro russo, Andrey Rudenko, assegurou hoje que não há qualquer negociação a decorrer atualmente entre a Rússia e a Ucrânia, afirmando que Kiev "abandonou de vez" o diálogo.
“As negociações pararam. A Ucrânia abandonou de vez o processo de diálogo”, disse Rudenko à agência Interfax, sublinhando que as conversações entre os dois países, iniciadas em finais de fevereiro, foram interrompidas.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, criticou hoje Washington e Londres por “terem guiado” a Ucrânia durante as rondas de negociações anteriores com o país russo.
As negociações entre ambas as partes encontram-se suspensas há mês e meio, depois de se terem intensificado os combates em Mariupol e o mundo assistir às imagens do massacre de Bucha.
A última ronda de diálogo presencial entre os delegados de cada país aconteceu em Istambul, no dia 29 de março.
No seguimento da reunião, ambos os países conseguiram chegar a pequenos acordos, que acabaram sem efeito depois de as semanas seguintes mostrarem que as diferenças continuaram irreconciliáveis.
No dia 9 de maio, o chefe negociador russo, Vladimir Medinsky, garantiu que as negociações à distância continuaram e “não pararam”.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 82.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas – cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU indicou na segunda-feira que 3.668 civis morreram e 3.896 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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