Magnata Jeffrey Epstein suicida-se na prisão
Magnata Jeffrey Epstein suicida-se na prisão
O magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de tráfico e abuso de menores, terá aparentemente cometido o suicídio numa cela da prisão de Nova Iorque onde estava em prisão preventiva.
Segundo o jornal New York Times, que cita responsáveis que pediram anonimato, o corpo do magnata Jeffrey Epstein, de 66 anos de idade, foi encontrado este sábado de manhã sem vida na sua cela da prisão de Nova Iorque, pelas 07:70 locais (11:30 hora de Lisboa).
Isto depois de uma suposta tentativa falhada de suicídio no final do mês de julho onde foi encontrado inconsciente em posição fetal e com feridas no pescoço no chão da sua cela.
Amigo de Donald Trump
A morte acontece depois de uma ordem judicial de tornar público um dossier com milhares de páginas que explicavam como funcionava a rede de angariação de menores para exploração sexual de Jeffrey Epstein e onde o Presidente Donald Trump, amigo do magnata e o príncipe André, filho da Rainha Isabel do Reino Unido aparecem envolvidos.
A 31 de julho, vários órgãos de comunicação de Nova Iorque noticiavam que o julgamento de Jeffrey Epstein deveria iniciar-se entre junho e setembro de 2020.
Nesse mesmo dia, Epstein compareceu perante o juiz pela primeira vez desde a alegada tentativa de suicídio.
O canal CNBC informou na altura deste incidente, Epstein tinha recebido documentos legais nos quais uma adolescente de 15 anos denunciava ter sido violada pelo magnata na sua mansão.
Dias antes, o juiz tinha negado o pedido de Epstein para ser colocado em prisão domiciliária até ao início do julgamento.
Rede de abuso de menores
De acordo com a procuradoria do distrito sul de Manhattan, Epstein criou, há mais de uma década, uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque, e numa outra situada na Florida.
O magnata já tinha enfrentado acusações similares na Florida, mas em 2008 alcançou um acordo extra oficial com a procuradoria para o fim da investigação, tendo cumprido 13 meses de prisão e alcançado um acordo económico com as vítimas.
O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta, que foi posteriormente nomeado secretário do Trabalho pelo Presidente dos EUA Donald Trump, e que foi forçado a renunciar do cargo devido às críticas emitidas na sequência da nova detenção de Epstein. Se o magnata tivesse sido condenado poderia ter de cumprir uma pena até 45 anos de prisão.
Com Lusa
