Líderes europeus condenam massacres em Busha e pedem explicações à Rússia
Líderes europeus condenam massacres em Busha e pedem explicações à Rússia
Os líderes europeus condenaram, este domingo, os massacres de civis, na cidade ucraniana de Busha, nos arredores da capital Kiev e exigiram que a Rússia se responsabilize pelos atos cometidos.
Referindo, na sua página de Twitter, as "centenas de civis encontrados assassinados nas ruas", o presidente francês, Emmanuel Macron, afirma que "as imagens que nos chegam de Busha, cidade nos arredores de Kiev que foi libertada, são insustentáveis" e defende que as autoridades russas "devem responder por estes crimes".
Também o chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiu esclarecimentos sobre os "crimes cometidos pelo exército russo" em Busha, que foi entretanto recuperada aos russos pelas forças ucranianas.
"Devemos esclarecer esses crimes cometidos pelo exército russo", disse o chefe do governo alemão, num comunicado divulgado hoje, onde defende que "os autores desses crimes e os seus patrocinadores devem ser responsabilizados".
O líder do executivo germânico exigiu, em particular, que as organizações internacionais tenham acesso à região para "documentar essas atrocidades".
Os corpos de 57 pessoas foram encontrados numa vala comum em Busha, disse uma das fontes das autoridades da região, ao mostrar o local a uma equipa da AFP. Ontem, os repórteres testemunharam 20 cadáveres espalhados à beira de estradas da localidade.
O líder alemão denunciou "imagens terríveis e horríveis" de Busha, com "ruas cheias de cadáveres” e “corpos sumariamente enterrados”.
“Fala-se de mulheres, crianças e idosos entre as vítimas", sublinhou.
A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, denunciou igualmente os "atos revoltantes" que terão sido cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Busha e exigiu a realização de um "inquérito por crimes de guerra".
Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização desse inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que os assassínios de civis na cidade de Busha são “absolutamente inaceitáveis”, denunciando uma “brutalidade sem precedentes na Europa nas últimas décadas”.
Em declarações à televisão americana CNN, Jens Stoltenberg considerou “absolutamente inaceitável que civis sejam alvejados e mortos", acrescentando que "isso realça a importância de acabar com esta guerra”.
(Com Lusa)
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