Kim Jong-un pede novo encontro a Trump
Kim Jong-un pede novo encontro a Trump
Kim Jong-un quer encontrar-se novamente com Donald Trump e enviou-lhe uma carta em que solicita a realização de um novo encontro, depois da cimeira de junho em Singapura, num prazo não superior a três meses. A informação foi divulgada pela porta-voz de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, que descreveu a missiva como "calorosa" e "positiva".
Sanders aproveitou ainda a oportunidade para assinalar que, no desfile militar do passado domingo, em Pyongyang, não marcaram presença os mísseis intercontinentais, sinal que foi interpretado pela Administração Trump como um passo rumo à desnuclearização da península coreana, conforme ficara definido na cimeira de junho.
Ao mesmo tempo, a carta do líder norte-coreano surge num contexto em que o relacionamento com os Estados Unidos entrara numa situação de impasse com indicações de que o programa nuclear não fora travado em Pyongyang e o cancelamento de uma viagem que o secretário de Estado, Mike Pompeo, tinha programada à Coreia do Norte. "A nossa posição comercial muito mais dura face à China leva a que as autoridades chinesas não ajudem tanto na desnuclearização como antes", admitiu Trump, considerando que Pequim estaria a exercer pressões sobre Kim Jong-un para que este não fosse tão rápido nas decisões sobre o processo.
Para já, está agendado um novo encontro entre Kim Jong-un e Moon Jae-in, o presidente sul-coreano, entre os dias 18 e 20 deste mês. E, na conversa mantida para que esta reunião ficasse marcada, Chung Eui-yong, responsável pelo gabinete de Segurança Nacional sul-coreano, revelou que Kim Jong-un "mantém a confiança em Donald Trump e não lhe teceu quaisquer críticas", embora lamentasse que a comunidade internacional não reconheça os esforços já desenvolvidos pela Coreia do Norte a propósito da desnuclearização.
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